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Pesquisa aponta possível eleição de candidatos negros à Câmara Federal

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4 de outubro de 2018

 

Menos de 10% dos deputados federais se autodeclaram pretos ou pardos, entre eles há figuras que têm histórico de atuação com o movimento negro

Texto/Aline Bernardes

Colaboração/Pedro Borges

Imagem/Aline Bernardes

 

Uma pesquisa realizada pelo DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) mostrou que em São Paulo, foram registradas 1.686 candidaturas, que pretendem ocupar as 70 cadeiras à Câmara Federal. Segundo o estudo das 59 reeleições 45 devem conseguir permanecer no cargo.

Dentre esses candidatos apenas 12 se autodeclaram negros. As mulheres negras vivem um cenário ainda mais escasso, são 3 candidaturas. Nomes como  Alfredinho (PT), Vicentinho (PT), Orlando Silva (PCdoB) e Douglas Belchior (PSOL) podem garantir a representatividade negra na Câmara de acordo com a pesquisa.

Mesmo representando 54% da população brasileira, segundo o Censo do IBGE de 2015, os negros e pardos são minoria no Congresso Nacional. Essa população representa menos de 10% do total de deputados federais. Dos 513 deputados federais, somente 43 se autodeclaram negros. Dos 81 senadores, apenas dois são pretos ou pardos.

 

Ficha técnica dos candidatos

 

Alfredinho (PT)

Sua trajetória Política é marcada pelo compromisso e pela luta em favor da melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e dos moradores de São Paulo. Nordestino, nascido em Oeiras, Piauí, há 30 anos vive na Zona Sul de São Paulo. Ainda na ditadura, no início dos anos 1980, Alfredinho atuou na fundação do PT e da CUT que, junto com o presidente Lula, foram fundamentais para o processo de redemocratização do Brasil.

Destacou-se como liderança entre os trabalhadores da Ford de São Bernardo do Campo e foi eleito diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na gestão do prefeito Luiz Marinho. A relação de Alfredinho junto aos movimentos populares e na luta por moradia digna o consolidou como liderança na cidade de São Paulo e em 2004 aceitou o desafio de disputar as eleições.

Vicentinho (PT)

O sonho de viver numa sociedade melhor e fazer valer os direitos dos trabalhadores fez de um simples trabalhador sindicalizado lutar, acreditar e vencer as dificuldades do dia-a-dia. Foi assim que Vicentinho iniciou a sua carreira sindical na região do Grande ABC paulista.

Eleito pelo DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), por cinco anos consecutivos,como um dos 100 parlamentares mais atuantes do Congresso

Nacional, já presidiu a Comissão da Reforma Trabalhista; a Comissão da Redução da Jornada de Trabalho e Comissão sobre a Crise – Geração de Empregos e Serviços, além de sempre atuar na Comissão Permanente do Trabalho, Administração e Serviço Público.

Integrou da CPI do Trabalho Escravo e foi membro da Câmara de Negociação de Desenvolvimento Econômico e Social. Foi presidente da Frente Parlamentar Pró-Guardas Municipais, membro da Frente Parlamentar em Defesa da Igualdade Racial e dos Quilombos e coordenador da Frente Parlamentar Pela Saúde e Segurança no Trabalho.

Orlando Silva (PCdoB)

Natural do estado da Bahia, começou sua trajetória no movimento estudantil em Salvador, foi presidente da UJS (União da Juventude Socialista),  foi o único presidente negro da União Nacional dos Estudantes (UNE). E é filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

Na UNE, se consolidou como uma jovem liderança ainda na década de 1990  e esteve na mobilização de lutas importantes para a transformação do país, entre elas a defesa da Petrobras, que naquele período sofria a ameaça de privatização.
No governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Orlando Silva exerceu o cargo secretário Nacional de Esporte Educacional, secretário-executivo do Ministério do Esporte, e posteriormente em 2006, foi empossado como Ministro da pasta. Durante sua gestão no Ministério, Orlando Silva coordenou as propostas do Programa Bolsa-Atleta e o Plano Brasil Medalha.

Douglas Belchior (PSOL)

Há 20 anos na luta contra as desigualdades sociais, se apresenta como candidato a ocupar o cargo de deputado federal em nome do movimento negro e das redes de cursinho popular nas periferias.

O fundador do Blog Negro Belchior em 2009, canal vinculado à Carta Capital, apresenta iniciativas e ideias de enfrentamento ao racismo, machismo, LGBTfobia, e às desigualdades sociais.

Entre suas propostas o candidato promete lutar pela valorização da história da África no Brasil, apoiar as pautas históricas do movimento feminista e de mulheres negras, promover um mandato que enxergue a segurança pública de outra perspectiva, valorizar a vida a LGBTQIA, regulamentar e legalizar as drogas, entre outras.

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