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Povos de terreiro entregam ao governo pedido de preservação das tradições afro-brasileiras

Documento reúne 21 propostas construídas durante o 1° Encontro Vozes Afro-Ancestrais, realizado para fortalecer as culturas de matriz africana
Lideranças e comunidades de terreiro no 1° Encontro Vozes Afro-Ancestrais do Cerrado, realizado na sede Fundação Cultural Palmares, em Brasília, em 10 de abril de 2025.

Lideranças e comunidades de terreiro no 1° Encontro Vozes Afro-Ancestrais do Cerrado, realizado na sede Fundação Cultural Palmares, em Brasília, em 10 de abril de 2025.

— Ascom/MinC

11 de abril de 2025

Os povos de terreiro elaboraram uma carta de compromisso com 21 propostas para garantir os direitos constitucionais das religiões de matriz africana. O documento foi entregue ao governo federal durante o 1° Encontro Vozes Afro-Ancestrais do  Cerrado, na Fundação Cultural Palmares (FCP), em Brasília, na quinta-feira (10).

O evento reuniu lideranças religiosas e representantes de comunidades tradicionais do Distrito Federal, com o objetivo de valorizar as  culturas de matriz africana no Cerrado.

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No encontro, a principal pauta foi a apresentação da Carta de Compromisso que reúne demandas e propostas voltadas à preservação das tradições afro-brasileiras. 

O documento é resultado de meses de escuta e articulação com diversas casas de axé e reivindica direitos como a implementação de programas de saúde integrativa nos terreiros, fortalecimento de políticas de combate à intolerância religiosa e ao racismo e apoio à juventude e apoio à juventude e às mulheres de terreiro.

A carta também propõe ações como a revitalização da Praça dos Orixás, reconhecida desde 2017 como Patrimônio Cultural e Imaterial do Distrito Federal pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do DF (Condep-DF).

Na publicação, são citadas legislações que reforçam o dever do Estado brasileiro de garantir e promover as tradições afro-brasileiras por meio de ações concretas. Entre elas, destaca-se o Decreto nº 7.387/2010, que reconhece o Candomblé e a Umbanda como patrimônio cultural imaterial do Brasil.

Após o encontro, as lideranças passaram a articular estratégias para implementar as propostas nas diferentes esferas do governo. A iniciativa tem como foco a defesa dos direitos dos povos de terreiro, a preservação das tradições ancestrais e a construção de um futuro mais justo e igualitário para as próximas gerações.

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