As vítimas mais recentes são o candidato a prefeito de São Paulo, Orlando Silva, e o candidato a vereador, Samuel Emílio; em Niterói, candidata à vereadora Benny Briolli chegou a ser ameaçada de morte
Texto: Juca Guimarães I Edição: Nataly Simões I Imagem: Edilson Dantas (Orlando Silva) e Pablo Saborido (Samuel Emílio)
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O candidato pelo PCdoB à Prefeitura de São Paulo, Orlando Silva, denunciou nesta terça-feira (3) ofensas racistas que tem recebido nas redes sociais durante a campanha eleitoral. O candidato, que também é deputado federal, apresentou um documento na delegacia do 26º Distrito Policial, onde lista mensagens com referências racistas, feitas por ao menos seis contas diferentes.
No Instagram, entre os comentários, um usuário se referia ao candidato a prefeito como: “É preto e é comunista” e “Queria ver ser preto na URSS”.
“Como homem negro e militante antirracista, os comentários me causaram profundo repúdio e indignação”, escreveu o candidato, na solicitação de investigação.
Além de Orlando Silva, o candidato a vereador Samuel Emílio, pelo PSB, também expôs que sofreu ataques racistas nas redes sociais durante o período eleitoral. Segundo Samuel, que disputa uma cadeira na Câmara Paulista, as ofensas são quase diárias. São ataques como “vai pentear esse cabelo imundo”.
“Combater o racismo na disputa eleitoral é urgente, pois vai além de uma ação de reparação histórica, uma vez que é parte fundamental do exercício da democracia”, pondera.
Na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, a candidata à vereadora Benny Briolly, mulher trans e negra, recebeu, em outubro, ameaças de morte nas redes sociais. A ameaça foi feita em um grupo do Facebook com mais de 17 mil participantes. Como resultado, a candidata teve que registrar um boletim de ocorrência e reforçar a segurança.