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Brasil elegeu 385 candidatos autodeclarados quilombolas em 2024  

Segundo o TSE, cerca de 375 candidatos autodeclarados como quilombolas foram eleitos nas eleições municipais de 2024
Na foto, Vilmar Kalunga (ao centro), primeiro prefeito autodeclarado quilombola a vencer uma eleição, em Cavalcante (GO).

Foto: Reprodução/Instagram

21 de dezembro de 2024

O pleito municipal de 2024 foi a primeira vez onde candidaturas autodeclaradas quilombolas puderam ser registradas. A garantia é prevista na resolução  23.729 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), publicada em fevereiro deste ano.

A medida também permitiu visualizar as informações referentes aos postulantes destas comunidades, dados coletados pela primeira vez no país. De acordo com o TSE, cerca de 385 pessoas pertencentes as comunidades quilombolas foram eleitas no último pleito em todo o país.

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Deste total, 17 candidatos foram eleitos como prefeitos, 37 como vice-prefeitos e 331 foram escolhidos para ocupar as Câmaras de Vereadores de suas respectivas cidades. 

Considerando todos os cargos da disputa eleitoral municipal, as mulheres somam 79 das candidatas eleitas, número que representa 20,5% de todos os quilombolas escolhidos pelo eleitorado.

Na parcela feminina, 72 assumiram o cargo de vereadora, duas foram escolhidas como prefeitas e cinco como vice-prefeitas. Os candidatos homens totalizaram 256 vereadores quilombolas eleitos, 15 prefeitos e 31 vice-prefeitos. 

Entre os 1.208 municípios com algum território quilombola, 157 elegeram ao menos um candidato autodeclarado como vereador, porção representa 15% das regiões. Ao menos um quilombola foi eleito para o cargo de vereança em outras 107 cidades que não possuem nenhuma comunidade tradicional.

Os estados obtiveram destaque pela maior participação quilombola entre os eleitos foi a Bahia (60), Minas Gerais (47), Pará (33), Goiás (30) e Tocantins (28). Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), essas unidades federativas representam os maiores avanços em relação a presença quilombola na política.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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