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Senador afirma que partidos não têm cumprido cotas na distribuição do fundo eleitoral

Os casos comprovados de fraude podem resultar na cassação do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (Drap)
Imagem mostra o senador Paulo Paim (PT-RS).

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

11 de outubro de 2024

O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou, em pronunciamento na quarta-feira (9), que diversos partidos políticos não cumpremo sistema de cotas para as candidaturas de mulheres, negros e indígenas. 

O parlamentar afirmou que recebeu diversas denúncias de candidatas negras que não teriam recebido verbas do Fundo Eleitoral. A legislação de cotas, no entanto, exige que partidos assegurem o mínimo de 30% e o máximo de 70% de candidaturas de cada sexo.

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A lei também obriga os partidos políticos a destinarem 30% dos recursos do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário às candidaturas de pessoas pretas e pardas. Assim como as candidaturas indígenas possuem direito à cota proporcional.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os casos comprovados de fraude podem resultar na cassação do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (Drap) e dos diplomas das eleitas e dos eleitos.

Para Paim, as cotas são uma ferramenta fundamental para corrigir as desigualdades históricas no acesso à política, além de representarem um passo importante na melhoria da democracia.

“Fortalecer a representatividade desses grupos nos espaços de poder é essencial para assegurar que todos sejam representados, seja nas câmaras de vereadores, nas prefeituras, nas assembleias estaduais, aqui no Parlamento, tanto na Câmara como no Senado”, reiterou o senador à Agência Senado.

“Precisamos não somente garantir um sistema de melhor distribuição do fundo partidário; precisamos eleger. Eleger mulheres, negros, negras, brancas, índios, índias, todos os setores da sociedade deveriam estar representados no Parlamento. Isso é bom para todos.”

O senador também destacou a violência e os crimes eleitorais ocorridos durante o primeiro turno das eleições municipais, no domingo (6). Paim mencionou que, conforme dados do Ministério da Justiça, foram registrados 2,6 mil crimes eleitorais em todo o país, além da apreensão de R$ 21 milhões em dinheiro que seriam destinados à compra de votos.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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