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‘Mais força para continuar as lutas’, diz Silvio Almeida ao receber título de cidadão baiano

Honraria aconteceu na sede da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), em Salvador, com a participação de movimentos sociais
Silvio Almeida, um homem negro, de terno branco, no pupito da Assembleia Legislativa da Bahia.

Foto: Divulgação

20 de outubro de 2023

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, recebeu nesta sexta-feira (20) o título de cidadão baiano. A honraria, proposta pelo deputado estadual Hilton Coelho (PSOL), foi realizada na sede da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), em Salvador.

O advogado e filósofo destacou a honraria como um dos momentos mais importantes da sua vida e também agradeceu pelo reconhecimento da sua trajetória.

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“Essa homenagem que a Bahia me presta ao me acolher como um dos seus filhos me dá mais força e mais certeza de que eu tenho muito mais por fazer e acho que estar entre os baianos e ser considerado como um deles agora faz com que eu tenha mais gente do meu lado para continuar as lutas que eu venho travando e que eu ainda tenho por travar”, comentou Silvio.

O ministro também pontuou a importância da atuação dos Direitos Humanos e antirracista no Brasil, sobretudo na Bahia.

“Ao ser homenageado, eu reforço o meu compromisso com o Brasil porque entendo que reforçar o meu compromisso com a Bahia é reforçar o compromisso com o Brasil. É reforçar um compromisso inabalável contra todas as formas de desigualdade, contra a violência, o subdesenvolvimento, a subordinação e uma das características de ser baiano é ser insubordinado contra todas as formas de opressão e violência”, disse.

Hilton Coelho propôs a honraria em julho de 2020. O deputado ressaltou a importância das contribuições teóricas do ministro para a população baiana.

“Silvio Almeida ajudou a dar nome a uma dor que o povo negro sempre sentiu e confrontou e dar nome à dor é o primeiro passo para enfrentá-la. Por tudo isso, pela importância da produção intelectual, uma chave fundamental para o povo negro baiano de se entender e lutar melhor, pela sua altivez, caráter, por seu compromisso com a luta e libertação do povo negro, Silvio de Almeida só podia ser baiano”, afirmou.

A abertura da sessão contou com apresentação do afoxé Filhos de Ghandy e a presença de integrantes de movimento negro, social, líderes religiosos, representantes de povos originários e artistas das periferias. A sessão completa pode ser conferida no canal da ALBA no YouTube.

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  • Dindara Paz

    Baiana, jornalista e graduanda no bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade (UFBA). Me interesso por temáticas raciais, de gênero, justiça, comportamento e curiosidades. Curto séries documentais, livros de 'true crime' e música.

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