PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Vereadora do Rio propõe política de masculinidades para combater abandono afetivo

Segundo Thais Ferreira, autora da proposta, a política deverá atuar diretamente nas escolas e outros equipamentos públicos
A vereadora Thais Ferreira, presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente na Câmara do Rio de Janeiro, em sessão legislativa, no dia 27 de março de 2025.

A vereadora Thais Ferreira, presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente na Câmara do Rio de Janeiro, em sessão legislativa, no dia 27 de março de 2025.

— Reprodução / Redes Sociais

28 de março de 2025

Tramita na Câmara Municipal do Rio de Janeiro um projeto de lei que propõe a criação da “Política Municipal de Promoção de Masculinidades Saudáveis e Antissexistas”, voltada à promoção dos direitos humanos e da equidade de gênero e raça para a população masculina da capital fluminense.

A proposta, apresentada pela vereadora Thais Ferreira (PSOL), busca desconstruir padrões de masculinidade baseados em violência, sexismo, capacitismo, racismo e homofobia. Segundo o texto legislativo, o projeto quer promover “a cultura de paz e o cuidado entre meninos, adolescentes e homens adultos”.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Além da promoção de direitos, a política municipal será regida por outros quatro princípios, que incluem o reconhecimento da pluralidade das masculinidades, respeitando as diversas identidades de gênero e orientações sexuais, e a prevenção do racismo, do capacitismo, da homofobia, da violência de gênero e do bullying.

A proposta estabelece que o dispositivo municipal será utilizado para desenvolver ações educativas para alunos e profissionais nas escolas da rede pública e apoiar projetos culturais, esportivos, sociais e comunitários que tenham como foco a desconstrução da masculinidade tóxica.

A política ainda deverá estimular rodas de conversa, oficinas e grupos reflexivos sobre masculinidade com adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade; incentivar a produção e divulgação de materiais educativos, campanhas e conteúdos digitais sobre o tema. A atuação deverá ser articulada com políticas públicas de saúde, assistência social, cultura, juventude e direitos humanos.

Segundo Thais Ferreira, em nota à imprensa, a ideia é atuar diretamente nas escolas da rede pública municipal e em outros equipamentos públicos, com ações direcionadas aos meninos. 

A vereadora, que também é presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente na Câmara de Vereadores, espera que o projeto de lei ajude a romper com o ciclo de abandono afetivo, violência e machismo que atravessa a formação dos adolescentes na cidade.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano