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Vereadores de Olinda aprovam o ‘Dia Municipal da Favela’

Projeto de Lei, de autoria do vereador Vinicius Castelo (PT), pretende marcar o dia 4 de dezembro como símbolo da luta por visibilidade e dignidade do povo de periferia

Imagem mostra um conjunto de casas em uma favela.

Foto: Texto: Victor Lacerda I Edição: Nataly Simões I Imagem: Reprodução/Instagram

3 de dezembro de 2021

Na busca de ressignificar – no âmbito político e social – o que é “ser de favela”, a Câmara Municipal de Olinda aprovou o “Dia Municipal da Favela”. O Projeto de Lei, de autoria do vereador Vinicius Castelo (PT-PE) em parceria com a Rede de Favelas de Pernambuco e a Central Única de Favelas em Pernambuco, pretende marcar o dia 4 de dezembro como símbolo da luta por visibilidade e dignidade da população da periferia da cidade.

A notícia foi dada pela página oficial do parlamentar no Instagram, que explicou a importância do projeto. “Pautar a periferia é uma responsabilidade que eu tenho porque eu sou da periferia, minha base é o gueto! E no meu gueto tem cultura, tem culinária, tem dança, tem arte em todas suas mais diversas formas. O gueto precisa ser visto, precisa ser pautado”, declara Castello. 

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Em entrevista à Alma Preta Jornalismo, o parlamentar complementa a motivação dele junto ao seu mandato de instaurar esta data no calendário oficial da cidade. 

“Institucionalmente, a gente precisa pautar a parcela populacional que não se vê representada e que não se é evidenciada, não só no calendário oficial da cidade, mas também nas políticas públicas. É um processo de ressignificar o que se é favela e estar dentro de um ambiente que é subalternizado, que nos condiciona a marginalização e a retirada de direitos”, explica.

Questionado em como a data pode impactar na representação da população em maior vulnerabilidade socioeconômica, Vinicius reitera que, ações como essa, podem colocar a periferia em evidência dentro do município. 

“O projeto impacta no entendimento que não existe mais no município nenhum mandato que diga não ter responsabilidade com pessoas de periferia. A construção que temos feito, enquanto mandato, é, também, de conseguir que essas pessoas, que em sua maioria estão desacreditadas politicamente, saibam que nem tudo está ruim no sentido de representação. Nós temos ocupado novos espaços e isso precisa ser apoiado por quem vive, na pele, essa realidade de periferia, principalmente, para que mais”, finaliza. 

O projeto agora segue em tramitação na Prefeitura de Olinda na espera que seja sancionado pelo atual gestor da cidade, o Professor Lupércio (Solidariedade). 

Leia também: Olinda aprova Lei do Estatuto de Igualdade Étnico-Racial e contempla povos ciganos

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