Estamos a 20 dias das eleições presidenciais mais importantes dos últimos tempos. Nossas escolhas definirão quais caminhos queremos para o nosso país.
A narrativa política tomou um lugar negativo e pesado, infelizmente em todos os campos, mas temos candidaturas capazes de aprofundar e avançar o debate político. Tem gente desonesta que diz que isso é identitarismo, mas quando defendemos uma pessoa indígena no poder, quando falamos o significado de uma pessoa preta, trans no poder, isso não se resume à nossa imagem, estamos falando de forma e conteúdo.
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Quando falamos de povos indígenas, quilombolas, LGBTs, gente preta no poder, falamos de Amazônia, de meio ambiente, de acesso a escolarização nos brasis mais profundos, estamos falando de transporte escolar para esses mesmos brasis, de moradia, de acesso à saúde nas periferias dos centros urbanos e dos lugares distantes. Ou seja, isso não é identitarismo, isso diz respeito a uma história, e qualquer pessoa que reduz tudo isso à identidade é desonesta.
Quando defendemos, auto-afirmamos e reivindicamos essas experiências estéticas, estamos falando de uma história de vida que, infelizmente, está calcada em um processo de violência e opressão. E estamos aqui com as nossas caras que outrora foram colocadas num lugar de marginalidade para levá-las para o centro com a positividade e com as soluções para resolver os problemas, que foram criados para nós por outras caras que não são as nossas.
É neste fazer político que eu acredito!
*Erica Malunguinho é deputada estadual pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), em São Paulo.
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