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Para cada década pós abolição, uma resistência

19 de novembro de 2018

O artista Vinícius Araújo expõe no Metrô República homenagem a 13 figuras da comunidade negra

Texto / Aline Bernardes
Imagem / Reprodução Facebook Vinicius Araújo

A exposição “Pretas Potências” homenageia 13 figuras da comunidade negra, representantes das 13 décadas de resistência no pós abolição da escravatura, em 13 de maio de 1888. O trabalho do artista Vinícius de Araújo, teve início no dia 10 de novembro, na Estação República do metrô. Depois, as obras vão para as linhas verde e azul do metrô.

A ideia de realizar a exposição no metrô, segundo Vinícius, parte do princípio de que esse local é amplamente acessado pela população negra.

“Esses trabalhos estarem expostos é para mostrar as personalidades negras que caem em esquecimento para dar a representatividade a quem não se vê”, diz.

Os universos selecionados para serem exposto foram Hip Hop, Samba, Moda, Literatura, Territórios, Capoeira, Danças, Teatro, Culturas Tradicionais – Afoxé, Gastronomia, Funk, Religiões de Matriz Africana e Intelectualidade.

“O intuito era passar por vários universos e em cada um contar uma história. E ter treze representantes nasce da ideia de rememorar cada década da abolição da escravatura no Brasil”, diz.

Vinícius Araújo retrata as personalidades com traços fortes e de maneira a lhes dar a devida importância. Essa sensação é dada porque essas pessoas são pintadas de frente. O artista ainda conta ao Alma Preta que os grafismos que usa de fundo fazem alusão às linhas do metrô que se cruzam ligando as histórias dessas personalidades.

Mãe Juju D’Oxum, simboliza as religiões, Mestre Bimba, a capoeira e Abdias do Nascimento, o teatro; o Tabuleiro das Baianas, representa a gastronomia, Dona Ivone Lara, o samba, Samba Rock, as danças e Original Favela, a moda; já Milton Santos retrata a intelectualidade, Oswaldo de Camargo, a literatura e Ile Omo Dada, as Culturas Tradicionais – Afoxé; Sharylaine, reflete o Hip Hop, Cidinho e Doca, o Funk, Adriana Barbosa, o empreendedorismo e o Aparelha Luzia, os territórios.

A exposição é uma iniciativa do Alma Preta e da Feira Cultural Preta, um festival de valorização da cultura negra e do afro-empreendedorismo. A Fundação Tide Setúbal participa como apoiadora do projeto. 

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