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Redes sociais se tornam aliadas no combate ao preconceito às religiões afro-brasileiras 

Em coluna do jornalista Felipe Ruffino, o babalorixá Baba Thales destaca a importância do engajamento digital para combater preconceitos e fortalecer a visibilidade das religiões afro-brasileiras
Imagem mostra uma senhora de costas e com adereços e vestimentas de religião afro-brasileira

Foto: iStock/Gabriel Boieras

14 de setembro de 2024

O aumento de conteúdos sobre religiões de matriz africana nas redes sociais é um fenômeno cada vez mais notável e significativo. Com a expansão do acesso às plataformas digitais, líderes religiosos, praticantes e simpatizantes têm encontrado nesses espaços uma oportunidade crucial para ampliar a visibilidade e o entendimento sobre essas tradições. Baba Thales, babalorixá dedicado à preservação e disseminação da cultura afro-brasileira, tem observado com satisfação esse movimento.

Segundo o líder religioso, o impacto dessas vozes nas redes sociais vai além da simples disseminação de informação; ele desempenha um papel vital na desmistificação e combate ao preconceito que historicamente recai sobre as religiões de matriz africana.

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“Ver mais pessoas abordando questões relacionadas às religiões afro-brasileiras nas redes é uma vitória para a nossa comunidade. Através dessas plataformas, conseguimos descontruir estereótipos e mostrar ao mundo a riqueza cultural e espiritual que essas religiões carregam”, afirma o babalorixá.

O engajamento nas redes sociais também contribui para a educação e a conscientização de um público mais amplo, ajudando a desmistificar práticas e conceitos frequentemente mal compreendidos ou estigmatizados.

Baba Thales destaca que a presença digital é uma extensão da resistência e da resiliência que sempre caracterizou as religiões de matriz africana. “As redes sociais nos permitem alcançar pessoas que talvez nunca tivessem acesso às nossas tradições, criando uma ponte de diálogo e respeito entre culturas,” explica.

A relevância desse movimento é corroborada por pesquisas recentes que destacam o aumento de 25% na busca por conteúdos relacionados às religiões de matriz africana em plataformas como YouTube e Instagram nos últimos dois anos. Além disso, um estudo conduzido pela Fundação Perseu Abramo revela que 68% dos praticantes de religiões afro-brasileiras acreditam que as redes sociais têm sido fundamentais para a disseminação do conhecimento e a defesa contra ataques preconceituosos.

O engajamento nas redes sociais também contribui para a educação e a conscientização de um público mais amplo, ajudando a desmistificar práticas e conceitos frequentemente mal compreendidos ou estigmatizados.

Baba Thales destaca que a presença digital é uma extensão da resistência e da resiliência que sempre caracterizou as religiões de matriz africana. “As redes sociais nos permitem alcançar pessoas que talvez nunca tivessem acesso às nossas tradições, criando uma ponte de diálogo e respeito entre culturas,” explica.

O crescimento dessas vozes nas redes sociais é um reflexo do poder da comunicação digital em transformar percepções e construir pontes de entendimento e respeito. Para Baba Thales, essa é uma luta que, agora, também acontece no campo virtual, e cada vez mais pessoas estão se unindo a ela.

  • Felipe Ruffino

    Felipe Ruffino é jornalista, pós-graduado em Assessoria de Imprensa e Gestão da Comunicação, possui a agência Ruffino Assessoria e ativista racial, onde aborda pautas relacionada à comunidade negra em suas redes sociais @ruffinoficial.

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