A autora ficou conhecida por suas obras que permeiam as relações do racismo com os papéis de gênero e por escrever sobre o amor.

Bell hooks

Ilustração: @dillasete POR:  Giovanne ramos
FOTO: REPRODUÇÃO da internet

A teórica nasceu em em 1952, em Hopkinsville, uma pequena cidade segregada no estado de Kentucky, sul dos Estados Unidos, com o nome de batismo Gloria Jean Watkins

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O pseudônimo bell hooks foi adotado como homenagem a sua bisavó paterna, Bell Blair Hooks e, por escolha política, decidiu utilizar os nomes em minúsculo, como forma de valorização de seus ideais.

Da cidade rural para a Universidade de Stanford, formou-se em literatura inglesa, fez mestrado na Universidade de Wisconsin e doutorado na Universidade da Califórnia.

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Em 1981, hooks publicou o seu primeiro livro “E eu não sou uma mulher? Mulheres negras e o feminismo”, para fomentar a discussão da problemática racial dentro do que era chamado de “feminismo mainstream”..

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Para a autora, a luta feminista até os anos 1980, focava apenas em um grupo seleto de mulheres brancas, de classe média e alta, deixando de lado as necessidades e particularidades das mulheres negras.

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Créditos Bell Hooks Institute

bell hooks teve uma contribuição intelectual e teórica enorme em estudos voltados à discussões sobre relações raciais, gênero, classe, arte, educação e a mídia de massa

Foto: Arquivo Pessoal

“Ela é uma autora que tem um jeito de escrever que é simples, mas não é simplório. É complexo, sem ser elitista. Ela vai trazendo as informações como se fosse uma conversa.”, afirma a historiadora e psicanalista Mariléa de Almeida.

Para a jornalista e professora Rosane Borges, a pensadora ainda apontou que a questão das mulheres negras e do feminismo negro não eram assuntos secundários e, sim, centrais na desigualdade mundial.

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“Ela sempre falava em capitalismo e nunca transigiu de um debate que enfrentasse essa estrutura. Um diferencial é que ela adota o amor como categoria política e como força de mediação.” - jornalista, professora e pós-doutora em ciências da comunicação Rosane Borges.

Foto: Arquivo Pessoal
Créditos Editora Elefante

Dona de um vasto arsenal cultural, hooks teve em vida mais de 40 livros, ensaios, poesias e obras infantis - focadas também na discussão de raça e gênero - publicados e traduzidas em 15 diferentes idiomas.

“[a obra] ‘Olhares negros’ faz uma crítica ampla à reprodução de estereótipos de mulheres e homens negros, inclusive em materiais, filmes e na produção da cultura popular negra", diz a pesquisadora Bruna Rocha, entusiasta do livro.

Foto: Arquivo Pessoal

Em 2004, retornou para o Kentucky para lecionar no Berea College. Em 2010, a instituição a homenageou com o “Instituto bell hooks”, que abriga suas obras e coleção de arte da autora e seus artefatos.

Foto: Créditos Bell Hooks Institute

No dia 15 de dezembro, aos 69 anos, sua morte foi informada por sua sobrinha. A intelectual estava doente e faleceu em sua casa, no Kentucky, cercada de familiares
e amigos.

Foto: Créditos Universidade de Wisconsin

"No momento em que escolhemos amar, começamos a nos mover contra a dominação, contra a opressão. No momento em que escolhemos amar, começamos a nos mover em direção à liberdade, a agir de formas que libertam a nós e aos outros.", bell hooks

Foto: Créditos The Washington Post

TEXTOS
Giovanne Ramos


IMAGENS
Univervidade de Wisconsin 
Bell hooks Institute 

DESIGN
Dora Lia

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