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“É um museu contemporâneo que o negro pode se reconhecer”, diz diretor

28 de setembro de 2018

Novo Programa de Extensão e Rede do Museu Afro Brasil estreita relações com jovens organizações negras e periféricas da cidade

Texto/ Divulgação
Imagem/ Bruna Mayumi

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Desde a sua fundação, em 2004, o Museu Afro Brasil, conforme palavras do seu diretor, Emanoel Araujo: “é um museu contemporâneo, em que o negro de hoje pode se reconhecer. Um museu que integra os anseios do negro jovem e pobre ao seu programa museológico, contribuindo para sua formação educacional e artística, mas também para a formação intelectual e moral de negros e brancos, cidadãos brasileiros, em benefício das gerações que virão”.

E como desdobramento deste conceito em perspectiva, o Museu Afro Brasil agora está nas ruas, ou melhor, nas periferias da cidade de São Paulo, com o seu novo Programa de Extensão e Rede.

Basicamente o programa consiste em mapear grupos e instituições nas periferias de São Paulo e em cidades do interior do estado que trabalham conteúdos relacionados às culturas africanas e afro-brasileira, bem como o combate ao racismo.

A partir da observação e diálogo, a equipe do Museu Afro Brasil se propõe a identificar as potências para desenvolver ou relacionar o trabalho já desenvolvido ou a ser desenvolvido pela instituição com os conteúdos presentes no museu, permitindo assim a elaboração e planejamento de atividades que congregue as efetivas necessidades da instituição/grupo parceiro e a garantia de ao menos uma visita dos frequentadores da atividade ao nosso acervo.

A partir de reuniões e trocas presenciais com representantes de iniciativas culturais coletivas com reconhecido trabalho artístico desenvolvido nas bordas da cidade de São Paulo, o Baque Atitude, grupo de Maracatu de Baque Virado, fundado em 2010, no Jardim Ibirapuera, e composto majoritariamente por jovens negros, foi escolhido para integrar o programa.

Junto ao Baque Atitude, coletivo conta com apoio estrutural e pedagógico do Bloco do Beco, o Programa de Extensão e Rede do Museu Afro Brasil prevê desenvolver intervenções artísticas e culturais por meio de apresentações tendo como referência os conteúdos presentes no acervo do museu.

“A ideia é contribuirmos, a partir do acervo do museu, com a ampliação do repertório do grupo, fazendo com que seus integrantes possam multiplicar o conhecimento aqui adquirido junto as suas bases. Estamos planejando ainda uma apresentação do Baque Atitude, dentro do museu, no próximo mês de novembro”, revela Márcio Farias, coordenador do programa e para quem o Museu também tem muito a aprender com a parceria.

Ao longo de todo o mês de outubro representantes do grupo de Maracatu de Baque Virado, com o acompanhamento dos profissionais do Programa de Extensão e Rede, farão uma imersão no acervo do museu, tendo como ponto principal o aprofundamento de questões relacionadas a área central de investigação do grupo: a Cultura Popular e suas manifestações.

Ao final do período de imersão o Baque Atitude apresentará um espetáculo nas dependências do Museu Afro Brasil no mês de novembro.

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