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Justiça homologa acordo histórico sobre reconhecimento de danos do racismo no Brasil

Criação de um fundo permanente e sem contingenciamento para promover a igualdade racial no Brasil ficou fora do acordo
Justiça homologa acordo histórico sobre reconhecimento de danos do racismo no Brasil

Justiça homologa acordo histórico sobre reconhecimento de danos do racismo no Brasil

— Pexels/KATRIN BOLOVTSOVA

25 de dezembro de 2024

A Justiça homologou um acordo histórico entre a União e a organização Educafro, que visa reconhecer os danos causados pelo racismo à população negra brasileira.

A medida é apontada pela Defensoria Pública da União (DPU), que atuou no caso, como um avanço na reparação dos prejuízos históricos e na promoção da igualdade racial no Brasil.

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O acordo é resultado da ação civil pública (ACP) movida pela Educafro, que busca não apenas um reconhecimento simbólico, mas também ações concretas de transformação social.

Entre os principais pedidos da ACP estão o reconhecimento formal dos danos causados pelo racismo, um pedido de desculpas público da União e a criação de um fundo permanente e sem contingenciamento para promover a igualdade racial no Brasil, este último não alcançado por este acordo.

A ação da Educafro também destaca a falta de políticas públicas eficazes para a inclusão da população negra desde a abolição da escravidão, além da persistência de legislações que marginalizam os negros e da omissão do Estado em garantir melhores condições de vida e mobilidade social.

“Este acordo é um marco importante na luta contra o racismo estrutural. Ele busca garantir a reparação histórica e criar mecanismos que promovam a emancipação da população negra”, afirmou Érico Lima de Oliveira, defensor regional de direitos humanos em São Paulo, que atuou no caso.

O acordo foi assinado pelo ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, pela ministra de Estado da Igualdade Racial, Anielle Franco, e pelo advogado Irapuã Santana, representante da Educafro.

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