PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Com 30 anos de carreira, Walewska fez história e desejava ‘deixar marca no mundo’

A campeã olímpica de vôlei morreu na noite de quinta-feira (21), aos 43 anos, em São Paulo; ex-jogadora estava em meio a divulgação de seu livro e podcast

Texto: Giovanne Ramos | Imagem: Reprodução/Redes Sociais

 
Na imagem, Walewska, uma mulher negra, cabelo preto e alisado. Ela está em uma quadra e veste o uniforme de vôlei, uma regata preta. Suas mãos estão levemente erguidas, próximas do rosto, aplaudindo. Ela sorri. Ao fundo, outros jogadores.

Na imagem, Walewska, uma mulher negra, cabelo preto e alisado. Ela está em uma quadra e veste o uniforme de vôlei, uma regata preta. Suas mãos estão levemente erguidas, próximas do rosto, aplaudindo. Ela sorri. Ao fundo, outros jogadores.

22 de setembro de 2023

Morreu na noite da quinta-feira (21), aos 43 anos, a ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei Walewska Moreira de Oliveira. A campeã olímpica estava em São Paulo para divulgar seu livro recém-lançado “Outras Redes” e participar de um podcast, no qual conta sua trajetória no esporte. A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte.

Natural de Belo Horizonte, Walewska nasceu em 1º de outubro de 1979 e investiu na carreira profissional no vôlei desde cedo. Revelada pelo Minas Tênis Clube, em 1995, jogou pelo time até 1998, quando foi convocada pela primeira vez, aos 19 anos, pelo técnico Bernardinho, para integrar a Seleção Brasileira

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Após aceitar o convite, fez história no esporte. A jogadora conquistou a medalha de ouro com a seleção nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999. Em 2000, ajudou a equipe a conquistar o bronze na Olimpíada de Sydney e deixou a camisa amarela em 2002. A segunda convocação foi feita pelo técnico José Roberto Guimarães, nos jogos de Atenas, em 2004. 

O auge de sua carreira foi em 2008, quando conquistou o tricampeonato do Grand Prix de vôlei e o ouro nos Jogos de Pequim. A central tinha só 28 anos na época e decidiu se aposentar da Seleção Brasileira, para priorizar o convívio com a família. Mas a carreira no vôlei seguiu. Seu último jogo foi em 2022 com a conquista do vice-campeonato da Superliga, pelo Praia Clube, derrotado pelo clube no qual iniciou a sua carreira.

Foram 30 anos de história no vôlei que deixaram Walewska orgulhosa, que eternizou a carreira  em seu recente livro “Outras Redes”. A autobiografia, escrita em parceria com Teco Condado e com prefácio de Bernardinho, fala sobre reconhecimento e cuidado. A jogadora também usou sua experiência na construção do “Olympic Mind”, podcast que discute a mente dos atletas de alto rendimento.

Nas redes sociais compartilhava com o público suas conquistas, projetos e trabalhava a sua marca pessoal para construir um legado para além das quadras, como desejou.

“Deixar um legado, uma marca, a minha assinatura no mundo! Trabalhei duro nos últimos 30 anos e acredito que consegui gravar meu nome no esporte do meu país. Agora, é chegado o momento de deixar minha marca em outras redes”, compartilhou em uma postagem.
O corpo de Walewska será velado e enterrado em Belo Horizonte, cidade natal da campeã olímpica e onde começou a sua carreira. A família não divulgou mais informações sobre o velório.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano