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GIFE 2025: mesa de encerramento traz perspectivas dos próximos 30 anos de investimento social privado e filantropia no Brasil

O objetivo da atividade ficou relacionado com como o ISP pode adotar um olhar sistêmico, ampliar sua atuação e transformar realidades de forma mais estruturada e rigorosa.
Plenária de encerramento do 13º Congresso do GIFE, Fortaleza, 9 de maio de 2025

Plenária de encerramento do 13º Congresso do GIFE, Fortaleza, 9 de maio de 2025

— Reprodução/GIFE

10 de maio de 2025

Nesta sexta-feira (9), acontece o encerramento do 13º Congresso do GIFE. A plenária do último dia do cronograma, ficou marcada com a reflexão dos temas debatidos durante a programação e os desafios e caminhos dos próximos anos para o Investimento Social Privado no Brasil. 

Para iniciar o debate, a moderadora Graciela Selaimen, diretora-executiva do Instituto Toriba, colocou em pauta a ausência de diversidade no conselho das organizações filantrópicas e como a diversidade de composição é fundamental para se pensar transformações sociais que de fato tenham resultados. De acordo com ela, em consulta ao censo GIFE 2022-2023, 26% das organizações contam com pessoas negras no conselho e apenas 22% delas contam com a maioria de mulheres. 

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Já Giovanni Harvey, diretor-executivo do Fundo Baobá, salientou que a filantropia precisa repensar a forma “recreativa” de operar no Brasil. “Precisamos ter metas para diversidade e para aspectos relevantes para governança. É preciso um diagnóstico e estabelecer uma meta coerente com o tipo de filantropia que realiza.” Em tempo, ele conta que no caso do Fundo Baobá, é priorizado um olhar para o campo, com foco nas organizações que atuam no campo, e não nos próprios objetivos institucionais. 

Em uma perspectiva temporal, a intervenção de Jessica Sklair conta que desde a sua última participação no evento, em 2010, muitos aspectos mudaram, inclusive em relação à perspectiva de diversidade. “Atualmente, para a filantropia brasileira, não é sobre como fazer e sim o porquê não estamos fazendo?”. De acordo com ela, o dinheiro que chega às organizações não é o suficiente para realizar mudanças reais. 

Durante a sua fala, ela trouxe exemplificações sobre os tipos de doadores: convencidos, não convencidos e secretamente convencidos. “Precisamos começar a aproximar os convencidos e secretamente convencidos para a conversa. É necessário falar sobre capitalismo e alinhamento político das famílias. Já e um outro momento, é preciso utilizar as influências para falar com as OSC’s e as instituições. É preciso que as filantropias olhem para si e para fora”, completa Jessica. 

Já em sua intervenção, Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú, levantou reflexões sobre a utilização da inteligência artificial e destacou a importância de se compreender as experiências físicas fora do ambiente virtual. “Precisamos nos alertar em relação às desigualdades sintéticas para que espaços de arte, cultura e educação não se tornem espaços de exclusão”, disse. 

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  • Victor Oliveira

    Jornalista formado pela Unesp e pós-graduando em Jornalismo Digital. Atualmente é Gerente de Projetos da Alma Preta Jornalismo.

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