No último domingo (18), a praia de Copacabana recebeu a 16ª edição da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa. O ato realizado pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), com apoio do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap), acontece anualmente, sempre no terceiro domingo do mês de setembro.
A caminhada reuniu milhares de pessoas praticantes de diferentes credos para denunciar casos de intolerância e racismo, além de reafirmar a democracia brasileira e a laicidade do Estado no Brasil. Os participantes do ato se concentraram no posto 5 de Copacabana, às 10h, e deram início à caminhada pela orla por volta das 13h.
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Entre os nomes homenageados neste ano, destacou-se o de Mãe Bernadete, líder quilombola assassinada há exato um mês da caminhada. A sacerdotisa foi alvejada dentro de sua casa no Quilombo Pitanga dos Palmares, aos 72 anos, no município de Simões Filho, na Bahia.
Mãe Bernadete integrava a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e lutava pela investigação do assassinato de seu filho Flávio Gabriel Pacífico dos Santos conhecido como Binho do Quilombo, morto a tiros em setembro de 2017.
Entre os participantes da manifestação estavam a cantora e compositora Marina Iris, o compositor e percussionista Mestre Kotoquinho, o pastor Kleber Lucas, o cantor Marquinhos de Oswaldo Cruz e o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), que pediu por justiça no caso de Mãe Bernadete.
“Na mesma manifestação foi lembrado o brutal assassinato, na Bahia, de mãe Bernardete Pacífico, líder religiosa e quilombola. Que seja feita a justiça e os mandantes e executores do bárbaro crime sejam punidos”, publicou em suas redes sociais.