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Jovens são torturados e vítimas de chacina no Rio de Janeiro

Segundo familiares das vítimas, facção criminosa que controla região de Ambaí, em Miguel Couto, Baixa Fluminense, é responsável pelas mortes 

Texto: Redação | Foto: Reprodução

Imagem mostra balas de arma de fogo no asfalto.

Foto: Foto: Reprodução

15 de setembro de 2023

Sete pessoas foram mortas em uma chacina ocorrida no Ambaí, bairro localizado na região de Miguel Couto, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ).

De acordo com o relato de familiares das vítimas, os assassinatos foram ordenados por um grupo de criminosos que controla a comunidade. Uma morte aconteceu no sábado (9), duas no domingo (10) e mais quatro execuções foram contabilizadas na segunda-feira (11).

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Segundo informações publicadas pela Agência Brasil nesta sexta-feira (15), duas das vítimas da chacina são Caíque Porfírio da Silva, de 18 anos, e o primo dele, Cauã Fernandes Porfírio, de 19.

O pai de Caíque, o pedreiro Júlio César Gonçalves da Silva, de 39 anos, disse que o filho e o primo foram capturados por integrantes da facção criminosa Terceiro Comando Puro, que lidera o tráfico de drogas na região. Júlio César, por ser muito conhecido no local e já ter feito vários serviços profissionais na área, contou que foi avisado por criminosos armados de fuzis, após mostrar as fotos dos dois rapazes, “para parar de procurar o filho e o primo, pois eles foram mortos e tiveram os corpos carbonizados. Antes, foram torturados e arrastados presos à traseira de um carro”.

Segundo o pedreiro, os criminosos informaram que eles estão “muito bem armados de fuzis, que não sobrou nada das vítimas e que nem a polícia vai entrar lá”.

O pai de Caíque relatou ainda que já esteve na delegacia de Belford Roxo, também na Baixada Fluminense, e disse que levaria a polícia até lá, mas que os policiais aguardam “ordens superiores para entrar na comunidade”. A Polícia Militar alegou não ter sido acionada.

A região da comunidade de Ambaí inclui os bairros de Santa Rita, Miguel Couto e Parque Flora. De acordo com moradores, que preferem não se identificar com medo de represálias, “a área é desassistida, sem políticas públicas e totalmente abandonada”.

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