Dados divulgados pelo Ministério da Saúde revelam que o Brasil bateu o recorde de mortes por dengue pelo segundo ano consecutivo. Somente em 2023, foram contabilizadas 1.079 mortes pela doença até esta quarta-feira (27).
Conforme a série histórica divulgada pelo órgão, que usa como base o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em 2022 houve o registro do segundo maior número de óbitos em um período de um ano, com 1.053 casos. O terceiro ano com maior número de mortes foi 2015, que contabilizou 986 óbitos.
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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até junho de 2023, ocorreram 2.162.214 de casos e 974 mortes por dengue no mundo. Em 2022, foram notificados 2.803.096 casos de dengue na Região das Américas, sendo a maioria deles no Brasil (2.383.001), que também liderou a ocorrência de formas graves da doença, juntamente com a Colômbia.
Com o início do período das chuvas e das altas temperaturas, o número de casos de dengue, chikungunya e zika tende a aumentar. Diante deste cenário, o Ministério da Saúde informou que, cerca de 11,7 mil profissionais de saúde foram capacitados em 2023 para manejo clínico, vigilância e controle de arboviroses, que são infecções causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos.
Em nota, a pasta afirmou que vai investir R$ 256 milhões no fortalecimento da vigilância das arboviroses.
“O momento é de intensificar os esforços e as medidas de prevenção por parte de todos para reduzir a transmissão das doenças. Para evitar o agravamento dos casos, a população deve buscar o serviço de saúde mais próximo ao apresentar os primeiros sintomas”, diz o comunicado.
Prevenção contra a dengue
O Ministério da Saúde diz que o empenho da sociedade para evitar água parada, foco dos mosquitos, é crucial. A pasta sugere que a população faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para garantir a proteção.
Para reforçar o alerta, o ministério divulgou os números do 3º Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). Os dados indicaram que 74,8% dos criadouros do mosquitos da dengue estão em locais como vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção.
Na semana passada, conforme noticiado pela Alma Preta Jornalismo, o Ministério da Saúde integrou a vacina contra a dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). A vacinação com o novo imunizante deve começar em fevereiro de 2024 e, inicialmente, poderá ser aplicada em quem já teve a doença.