A pesquisa “Panorama Mulheres 2023” aponta para o baixo número de mulheres negras jornalistas em cargos de chefia. Mesmo sendo maioria na população e nas redações, a presença feminina como liderança se limita a 17% dos cargos.
Apesar da participação ínfima, as mulheres compõem cerca de 58% das redações brasileiras, e enfrentam as piores condições no mercado de trabalho. O número alarmante chama atenção para o recorte racial desses números.
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A jornalista e apresentadora Luana Aziz acredita que essa é uma barreira a ser superada e fala sobre a importância de ocupar os espaços que só foram oferecidos às pessoas brancas.
“É recente a presença negra e periférica nesses espaços e isso traz novos olhares sobre as histórias que são contadas na TV”, comenta Luana em nota à imprensa.
O levantamento feito pelo Grupo de Estudos Multidisciplinar da Ação Afirmativa (GEMAA), lançado no último ano, demonstra a pequena parcela de pessoas negras dentro da grande mídia. Apenas 3,4% dos jornalistas são negros, enquanto brancos somam 84,4% dos cargos de jornalismo em geral. Um dos jornais analisados pela pesquisa apresentou apenas 20% de jornalistas pretas na redação.