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MPF move ação para garantir serviços essenciais a comunidade quilombola no RJ

O Ministério Público Federal tem acompanhado o uso da terra pela comunidade, após acordo para evitar expulsão dos moradores
A imagem mostra uma estátua em Armação dos Búzios (RJ), em homenagem ao território quilombola que existia no local.

Foto: Reprodução

23 de janeiro de 2024

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação na Justiça Federal em busca de uma liminar para garantir o abastecimento de água e o fornecimento de energia elétrica aos moradores do Núcleo Zebina, na comunidade quilombola de Baía Formosa, em Armação dos Búzios, Rio de Janeiro. A área, habitada por dezenas de famílias, faz parte de uma zona ambientalmente protegida.

Após um acordo para evitar a expulsão dos moradores, o MPF tem acompanhado o uso da terra pela comunidade e a prestação de serviços públicos essenciais. Uma recomendação emitida em junho passado não foi totalmente atendida pelas autoridades competentes.

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O procurador da República Leandro Mitidieri Figueiredo afirmou que o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) não emitiu autorização ambiental para o fornecimento de água e luz, e as intervenções necessárias para garantir esses serviços não foram iniciadas.

Na ação civil pública, o MPF solicita que o Inea, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o município de Armação dos Búzios, a Concessionária de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Prolagos S.A.) e a  empresa Ampla Energia e Serviços S.A (Enel) sejam obrigados a adotar medidas para garantir os serviços em até 60 dias, sob pena de multa diária de R$ 5 mil para cada um em caso de descumprimento.
O pedido inclui ainda a condenação do Inea ao pagamento de indenização por danos morais coletivos, no valor mínimo de R$ 500 mil, revertido em investimentos diretos em políticas públicas destinadas ao território quilombola, conforme projetos propostos pela comunidade.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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