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Número de favelas duplica na Bahia em nove anos, aponta IBGE

Salvador aparece no ranking das maiores favelas do país em três posições
Imagem mostra a comunidade de Saramandaia, localizada na capital baiana.

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

31 de janeiro de 2024

Em nove anos, o número de favelas na Bahia mais que dobrou, conforme informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2010, o censo identificou 280 comunidades periféricas no estado, enquanto em 2019, o número cresceu para 572, representando um aumento de 292 (104%). 

Salvador aparece no ranking nacional das cidades com as 15 maiores favelas do país em três posições: em quarto, com Beiru/Tancredo Neves; em sétimo, com Pernambués; e no último lugar, com Valéria. Além da capital, os municípios de Ilhéus, Vera Cruz e Candeias possuem as maiores proporções de domicílios ocupados em áreas de favelas.

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Apesar do aumento expressivo, a Bahia desceu no ranking nacional. Em 2010, o estado ocupava o terceiro lugar em relação ao número total de favelas. Nove anos depois, aparece na oitava posição. São Paulo (3,3 mil), Rio de Janeiro (1,8 mil) e Ceará (809) aparecem no topo da lista.

Na semana passada, o instituto anunciou o retorno da denominação “favela” em suas pesquisas, marcando o resgate do termo após 54 anos sem ser utilizado. A nova nomenclatura foi escolhida junto ao termo “Comunidades Urbanas” para evitar estigmas e incentivar a sociabilidade e a identidade da população. 

Para serem classificadas como favelas ou comunidades urbanas, as localidades precisam atender a certos critérios, incluindo a oferta limitada de serviços públicos, edificações autogeridas pela comunidade e áreas sujeitas a restrições de ocupação. Ao todo, o mapeamento identificou a presença de favelas em 32 cidades baianas, o que equivale a 7,9% de todos os municípios do estado.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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