Coordenadores, supervisores e atendentes do Disque 100, canal de denúncias do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), recebem formação voltada para atendimento a denúncias de trabalho escravo. A capacitação foi promovida pela Coordenação-Geral de Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério na Central.
Ministrada pela palestrante e mestre em Direito e Criminologia pela Universidade de Brasília (UnB) Deise Benedito, a formação abordou a origem do trabalho escravo no Brasil e comparou o período de colonização aos tempos atuais.
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Em comunicado à imprensa, Benedito reforçou a necessidade do reconhecimento dos povos originários para contextualizar o cenário de racismo, preconceito e violência.
Durante sua exposição, a palestrante destacou as mazelas da escravidão no Brasil e abordou temas como a perda de identidade de pessoas escravizadas e o apagamento de suas expressões de identidade, religião e cultura.
A formação segue com mais dois módulos que estão previstos para os dias 8 e 29 de fevereiro. A capacitação contou ainda com a presença de Marina Sampaio, coordenadora de Erradicação do Trabalho Escravo do MDHC, a coordenadora-geral do Disque Direitos Humanos, Kelly Garcêz; a coordenadora-geral de Erradicação do Trabalho Escravo, Andreia Minduca; e a coordenadora de Apoio da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, Lucia Helena Conceição de Souza.
Suporte nos atendimentos
Dados divulgados pelo MDHC mostram que em 2023 o Brasil registrou o maior número de denúncias de trabalho escravo desde que o Disque Direitos Humanos passou a ter esse tipo de atendimento. Segundo a pasta, mais de 3,4 mil registros foram contabilizados, um aumento de 61% em comparação a 2022.
O Disque 100 é um serviço de utilidade pública, disponível 24 horas por dia, sete dias por semana. Vinculado à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, o serviço busca a disseminação de informações e a orientação da população sobre a política de direitos humanos.
O canal pode ser acionado por meio de ligação gratuita – discando 100 em qualquer aparelho telefônico. Pela internet, as denúncias podem ser feitas pelo e-mail [email protected] ou pelo site da Ouvidoria e seus canais de Whatsapp (61) 99611-0100) e Telegram.
O serviço ainda dispõe de atendimento na Língua Brasileira de Sinais (Libras). A Ouvidoria realiza atendimento presencial na sede da Pasta, no Bloco A, da Esplanada dos Ministérios, das 9h às 18h.