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Justiça torna ré mulher acusada de praticar xenofobia contra pessoas da Região Norte do Brasil

Denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) acusa a passageira por injúria racial contra população nortista
Imagem da escultura da Justiça, na fachada do palácio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Caso de xenofobia tramita pela Justiça Federal de Santarém.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

2 de fevereiro de 2024

A Justiça Federal de Santarém, no Pará, recebeu uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra uma mulher acusada de praticar xenofobia contra pessoas da Região Norte do Brasil. A denúncia destaca que a acusada cometeu o crime de injúria racial a bordo de uma aeronave no aeroporto de Santarém, em janeiro do ano passado.

Segundo testemunhas, a mulher teria feito comentários ofensivos chamando a população nortista de “burros, lerdos, atrasados, pessoas com apenas meio neurônio”. Além disso, teria dito que “o povo do Norte não conseguiria emprego em São Paulo” e que “atrasam o restante do país”.

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O MPF ressaltou que a conduta foi preconceituosa e intencional, disseminando discurso de ódio com adjetivos pejorativos e ofensivos. O procurador da República Gilberto Batista Naves Filho destacou a gravidade do crime, que atenta contra a dignidade humana.

A Justiça considerou o pedido de suspensão condicional do processo feito pelo MPF, que consiste em um acordo entre o órgão acusatório e a ré. A proposta inclui prestação de serviços comunitários por um ano, comprovação de não reincidência e não benefício anterior por acordo semelhante nos últimos cinco anos, além do pagamento de multa no valor de dez salários-mínimos. A acusada tem um prazo de dez dias para se manifestar sobre a proposta.

O caso

As falas consideradas preconceituosas foram feitas durante uma viagem para Brasília, em janeiro de 2023. Segundo Nélio Aguiar, prefeito de Santarém que testemunhou o episódio, a passageira foi obrigada a despachar a bagagem, que estava fora dos padrões permitidos pela companhia aérea. Foi então que ela começou a proferir um discurso discriminatório que ofenderam pessoas nortistas que estavam no avião.

Ao presenciar as falas da mulher, Nélio acionou um comissário de bordo que identificou a passageira. O prefeito formalizou uma denúncia por xenofobia na Polícia Federal e registrou na Certidão de Ocorrência que sentiu-se ultrajado, assim como muitas pessoas presentes no voo.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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