O curta-metragem “Engole o Choro“, dirigido pelo cineasta Fabio Rodrigo, recebeu a qualificação para concorrer a uma indicação ao Oscar 2025. A conquista veio após o filme ser premiado com o Grande Prêmio do Festival Curta Cinema, realizado no Rio de Janeiro, em 24 de abril.
Com Cellia Nascimento, Oda Silva e Renato Novaes no elenco, o filme retrata a história de Anderson, um jovem de 17 anos da periferia de São Paulo, que furta uma moto na tentativa de afirmar sua masculinidade e superar anos de exclusão e rejeição. No entanto, ele se depara com emoções que nunca aprendeu a lidar.
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Com oito anos de experiência no audiovisual, Fabio Rodrigo acumula seis estatuetas no Festival de Cinema de Gramado, incluindo o prêmio de Melhor Direção por “Kairo” (2018) e “Entre Nós e o Mundo” (2020). Ele também fez parte da equipe de roteiristas da série “Santo Maldito”, do Star Plus, dirigiu episódios de “Histórias (Im)possíveis”, da TV Globo, e integra a equipe de direção da segunda temporada da série “Os Outros”, da Globoplay, com lançamento previsto para o próximo semestre deste ano.
“Engole o Choro” teve sua estreia no Festival do Rio de Janeiro e foi exibido na Mostra de cinema de Tiradentes. Além do prêmio no Festival Curta Cinema, que o qualificou para concorrer ao Oscar, o filme também recebeu o Prêmio Itaú Cultural Play, na categoria de Melhor Curta-Metragem, durante o Festival Visões Periféricas.
Diretor já trabalhou com a Alma Preta Jornalismo
Em junho de 2023, a Alma Preta Jornalismo, em parceria com o Observatório da Branquitude, lançou o documentário “Nenhum Saber Para Trás“, dirigido por Fabio Rodrigo. O material proporcionou um debate entre Cida Bento, psicóloga, ativista e fundadora do CEERT-SP; e Daniel Munduruku, escritor, professor e ativista indígena brasileiro, sobre a compreensão do papel da ciência.
Com roteiro de Aline Vieira e argumento de Thales Vieira, a obra foi filmada no prédio da São Francisco, Faculdade de Direito da USP. O documentário, disponível no Youtube, questiona a falta de saberes ancestrais dos povos indígenas e negros na produção científica acadêmica no Brasil. Confira abaixo, na íntegra.