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Livro reúne saberes ancestrais como estratégia para enfrentar racismo

A obra apresenta reflexões e perspectivas da nova geração de pesquisadores sobre temas como racismo e produção de conhecimento de matriz africana
Imagem mostra um menino negro sem camiseta e com os braços abertos.

Foto: Divulgação/ Editora Telha

19 de outubro de 2023

O livro “Doma: saberes negros e enfrentamento ao racismo” aborda manifestações culturais, pertencimento territorial e práticas antirracistas nos ambientes educativos, através de movimentos artísticos e rituais religiosos.

Dividida em cinco partes, cada uma resguardada por um orixá (Exu, Ewa, Iansã, Nanã e Oxalufã), a obra reúne 23 artigos de jovens pesquisadores de Antropologia Social da Universidade de São Paulo (USP), além da coordenação de Vagner Gonçalves da Silva (USP) e Cleyde Rodrigues Amorim (UFES).

A primeira parte do livro traz reflexões sobre comunidades tradicionais de matriz africana, cosmopolíticas e resistências. A segunda apresenta artigos ligados às territorialidades e instituições de ancestralidades negras. A terceira discute estéticas, saberes, e fazeres (re)construídos nas comunidades negras. As duas últimas abordam discussões sobre o racismo, suas formas de enfrentamento e a centralidade de uma educação antirracista.

De acordo com o antropólogo Vagner Gonçalves da Silva, a palavra Doma é como os bambaras (grupo étnico que vive em países do oeste africano, como Mali, Guiné e Senegal) nomeiam os mestres de sua cultura popular.

“São aqueles e aquelas que mantêm vivas as tradições orais, musicais, religiosas, éticas, políticas e econômicas de determinado povo africano, em suas diferentes formas de expressão ao longo do tempo”, explica Silva.

Os textos abordam temas como identidades raciais, estéticas, racismo institucional, saberes e fazeres na direção de mudanças na realidade social e a discussão de experiências e práticas ligadas à educação antirracista no mundo atual.

“A intenção é que o livro possa ser mais uma fonte para o debate de ideias capazes de produzirem transformações concretas na realidade social, tomando como base os saberes negros ancestrais, que têm muito a nos ensinar”, pontua Cleyde Rodrigues Amorim.

Também fazem parte da comissão organizadora da obra Andréa Silva D’Amato, João Mouzart de Oliveira Junior e José Batista Franco Junior.

O livro está à venda no site da Editora Telha.

  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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