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Ativistas preparam manifestação para audiência do Massacre de Paraisópolis

Renata Prado, diretora da Frente Nacional de Mulheres do Funk, acredita ser fundamental a presença de integrantes do meio cultural
Imagem mostra cartaz em protesto aos jovens mortos no Massacre de Paraisópolis.

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

16 de maio de 2024

O Massacre do Paraisópolis, fato que gerou a morte de nove jovens depois de operação policial durante baile funk em dezembro de 2019, terá uma nova audiência de instrução e julgamento nesta sexta-feira (17), a partir das 10h. Familiares das vítimas e ativistas organizam um ato em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. Depois das 13h, o convite é para que as pessoas entrem no Fórum para acompanhar a sessão.

Durante a audiência, serão ouvidas testemunhas de acusação, que darão depoimentos a partir de pedidos do Ministério Público ou dos advogados dos familiares, que atuam como assistentes. Essa é uma fase de escuta para definir se o caso vai para júri popular e se os policiais serão responsabilizados pelas mortes durante o baile funk realizado na zona sul da cidade.

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Diretora da Frente de Mulheres do Funk, Renata Prado ressalta a importância da presença da sociedade civil durante a audiência.

“É importante que a sociedade civil, sobretudo o movimento funk, se mobilize juntamente com os familiares dos jovens assassinados neste momento tão importante do caso, pois a Polícia Militar do Estado de São Paulo precisa entender que operações de repressão militar em baile funk viola os direitos de cidadania da juventude. Hoje temos uma PM que se a vontade para violar o estatuto da juventude, precisamos entender que esse Massacre não se pode repetir nunca mais na história do movimento funk no Brasil e os responsáveis pela morte desses jovens precisam ser punidos”, afirma.

Os familiares das vítimas prometem levar faixas e camisetas com recados, como “Amanhecer por Justiça pelos 9 que Perdemos”. A ideia é de espalhar mensagens em outros pontos da cidade, não somente no Fórum Criminal da Barra Funda.

  • Pedro Borges

    Pedro Borges é cofundador, editor-chefe da Alma Preta. Formado pela UNESP, Pedro Borges compôs a equipe do Profissão Repórter e é co-autor do livro "AI-5 50 ANOS - Ainda não terminou de acabar", vencedor do Prêmio Jabuti em 2020 na categoria Artes.

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