Na segunda-feira (24), o governo do Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência nas cidades afetadas pelos incêndios florestais que atingem o estado. A medida inclui parques, áreas de proteção e preservação nacionais, estaduais ou municipais.
O Mato Grosso enfrenta um aumento nas queimadas, devido ao período de seca e a estiagem prolongada em grande parte do território. Segundo dados do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), as condições da seca se intensificaram no início do ano, resultando em um crescimento exponencial dos focos de incêndio.
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Em nota, o governo do estado informou que as queimadas já provocaram prejuízos expressivos na questão ambiental, em relação à vegetação, solo, fauna e a segurança da vida humana.
Com validade de 180 dias, o decreto autoriza a mobilização de órgãos estaduais para atuar sob a coordenação da Defesa Civil, em ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e de reconstrução. A medida também autoriza autoridades administrativas e agentes da defesa civil a entrar nas residências em casos de risco eminente.
O documento ainda autoriza a convocação de voluntários para ações de resposta ao desastre e para a realização de campanhas de arrecadação de recursos junto a comunidade, sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC/MS).
Das onze cidades sul-mato-grossenses que compõem a região do Pantanal, principal local das queimadas, duas se encontram em condição de seca hidrológica excepcional. Outras duas cidades estão em condições de seca severa. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o mês de junho contabilizou com 2.473 focos de incêndio no Pantanal.