Nesta quarta (3) e quinta-feira (4) acontece em Brasília (DF) a quarta edição da “Jornada das Pretas”, iniciativa da Oxfam Brasil em parceria com o Instituto Marielle Franco, Instituto Alziras e Movimento Mulheres Negras Decidem, para fortalecer a participação de mulheres negras na política brasileira.
A ação reúne 40 mulheres negras ativistas em um ciclo de debates para sistematizar suas experiências de participação política e discutir a construção de agendas para potencializar suas candidaturas. Nesta edição, a Jornada das Pretas pretende promover um espaço/momento de compartilhamento de experiências e boas práticas em planejamento e execução de estratégias de comunicação para campanhas eleitorais; Informar as participantes sobre a Lei de Violência Política de Gênero; apresentar análises e informações sobre o Fundo Eleitoral.
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Através de workshops, seminários e atividades práticas, as participantes irão desenvolver habilidades essenciais para a atuação política, além de fomentar uma rede de apoio e troca entre as participantes. De acordo com Bárbara Barboza, coordenadora de Justiça Racial e de Gênero da Oxfam Brasil, a iniciativa tem o intuito de enriquecer o debate político por meio da perspectiva das mulheres negras.
“A construção de políticas públicas mais justas e inclusivas requer a diversidade de saberes e experiências. Mas também a capacitação do funcionamento do ecossistema político. Por isso, é muito importante que este projeto aconteça. A disputa por um lugar na política institucional envolve a apropriação dos mecanismos dos meios”, afirma.
A Jornada das Pretas acontece desde 2021 e já atendeu 80 mulheres negras. Dessas, 27 já ocuparam cargos legislativos como eleitas ou suplentes. A assessora parlamentar estadual e pré-candidata a prefeita Gabriella Borges de Souza, de 44 anos, participa pela primeira vez da atividade e afirma está animada para aprender mais.
“Espero aprender mais sobre política e também o cuidado comigo mesma. A parte de formação política é importante e necessária, assim como o acolhimento. Também acredito que vai ser muito rico trocar com mulheres de outras partes do país”, diz.