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Primeira presidente negra do PSOL-SP denuncia ataque racista nas redes sociais

O caso ocorreu em uma publicação no Instagram a respeito do último debate entre candidatos a prefeitos de São Paulo
A coordenadora nacional do MTST e candidata a vereadora na cidade de São Paulo, Débora Lima.

Foto: Instagram/Reprodução

25 de setembro de 2024

A primeira presidenta negra da história do PSOL-SP, Débora Lima, sofreu ataques racistas na noite de quinta-feira (24) pelo Instagram. O caso ocorreu em uma publicação do jornal Folha de S. Paulo na rede social a respeito do último debate entre candidatos a prefeitos da cidade.

Após comentar que o atual prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB) seriam “farinha do mesmo saco”, a coordenadora nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e candidata a vereadora na cidade de São Paulo foi agredida por Leonardo Fornazin.

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O empresário, que possui o perfil aberto na rede social, a insultou de forma “explicitamente racista”, segundo informações do partido. Um Boletim de Ocorrência foi aberto na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) na manhã da terça-feira (24). Os comentários foram apagados da postagem após reação de outros usuários. 

Lima tem uma trajetória de mais de 12 anos ao lado do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), e já foi presidenta municipal do PSOL em São Paulo. Também é uma das fundadoras das Cozinhas Solidárias, projeto que já alimentou mais de quatro milhões de pessoas. A ativista tem destacada luta por uma educação antirracista em São Paulo, uma das principais pautas de sua campanha. 

“A violência política virou norma com o bolsonarismo tentando se apossar de São Paulo. E esse lamentável ataque racista criminoso mostra o que acontece quando mulheres pretas, mães periféricas, decidem disputar o poder — afinal, os racistas sentem seus privilégios ameaçados”, relatou a candidata a vereadora em nota à imprensa.

Lima também relatou que denunciou o caso criminalmente e que “vai até o fim por justiça, para que a lei seja cumprida, e o racista seja punido”.

“É assim que deve ser em uma democracia. Não é o primeiro ataque racista que sofro, e não será o último, mas não me calei até hoje, e continuarei não me calando. O racismo não vai me intimidar”, concluiu.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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