A TV Brasil vai anunciar nesta quinta-feira (24) a criação de sua primeira novela. A produção audiovisual é destaque do edital “Seleção TV Brasil”, que destina R$ 110 milhões em recursos para conteúdos de televisão pública. Serão R$ 15 milhões investidos na obra, que contará com aporte de estúdio e equipamentos da sede no Rio.
O edital é dividido em sete linhas temáticas: infantil, infanto-juvenil, natureza e meio ambiente, futebol feminino, sociedade e cultura, produção e finalização de longas-metragens e coprodução de novela. A publicação também será a primeira a ter um recorte de gênero e raça.
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O comunicado da rede de televisão pública brasileira pertencente à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) vai ocorrer durante o IV Encontro de Ideias Audiovisuais, da 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, pelo diretor-presidente da EBC, Jean Lima; pela diretora de Conteúdo e Programação da EBC, Antonia Pellegrino; e pelo presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Alex Braga.
A mesa “TV Brasil: Reposicionamento e Lançamento de Chamada Pública” ocorrerá na sala Grande Otelo da Cinemateca Brasileira, entre 12h45 e 13h15. A entrada nas mesas de debates é gratuita, mas a senha deve ser retirada uma hora antes do início do evento.
Segundo Antonia Pellegrino, a novidade é fruto do alinhamento entre EBC e Ancine, que vêm trabalhando desde 2023, quando destravaram as 75 obras do edital Prodav TVs Públicas, cujos conteúdos já estão sendo exibidos pela TV Brasil. O edital havia sido pago e censurado na gestão de Jair Bolsonaro (sem partido).
Em agosto de 2024, Alex Braga, presidente da Ancine, propôs ao Comitê Gestor do Fundo Setorial um caminho, por meio da EBC, para permitir a contratação de 46 projetos contemplados em cinco editais diferentes, entre 2016 e 2022.
As publicações, no entanto, nunca chegaram a sair do papel devido ao vínculo dos projetos com canal de TV ou programadora que tinham algum tipo de pendência na Ancine. Com a solução encaminhada, as obras foram cedidas à EBC sem custos, e licenciadas pelo prazo de 12 meses.
Entre os conteúdos, há produções infantis, documentários e séries dramáticas. Das 46 produtoras, 40 demonstraram interesse em continuar com a exibição na emissora pública, a fim de receber os recursos liberados.
* Com informações do Metrópoles