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MPRJ quer pena máxima para Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz; júri será transmitido ao vivo

De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz podem pegar até 84 anos de prisão
A imagem mostra uma bandeira amarela em homenagem à Marielle Franco, durante mobilização na capital fluminense.

Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

29 de outubro de 2024

Na próxima quarta-feira (30), o Instituto Marielle Franco irá transmitir ao vivo o julgamento de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, réus pelos assassinatos da parlamentar e de Anderson Gomes em 14 de março de 2018. Depois de seis anos do crime, os acusados passarão por júri popular no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, na capital fluminense.

A transmissão será realizada pelo canal no youtube e também pode ser acessada pelo site. Além da cobertura, haverá um ato ao amanhecer em frente ao local do julgamento, no centro do Rio, também mobilizado pela organização. A mobilização está marcada para acontecer às 7h.

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“Esse é um momento decisivo para todo mundo que luta por justiça e para quem acredita que o Brasil precisa ser um país sério que não permite que uma mulher negra seja assassinada com sete tiros na cabeça voltando do trabalho”, afirmou o Instituto em nota de imprensa.

MP busca pena máxima

Em nota publicada nesta terça-feira (29), o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o Caso Marielle Franco e Anderson Gomes (GAECO/FTMA) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que irá solicitar a condenação máxima para os réus.

Caso o requerimento do órgão seja aceito, Lessa e Queiroz podem ser condenados em 84 anos de prisão em regime fechado. Os dois são denunciados por duplo homicídio triplamente qualificado, um homicídio tentado e pela receptação do veículo utilizado no dia do crime.

O Tribunal do Júri será presidido pelo juiz Gustavo Kalil e composto por 21 pessoas comuns, das quais sete serão sorteadas na hora para integrar o grupo. Os selecionados ficarão incomunicáveis durante todo o processo, e serão instalados em dependências restritas do judiciário.

A acusação irá contar com os depoimentos da jornalista Fernanda Chaves, única sobrevivente do atentado, além de familiares das vítimas e dois policiais civis. De acordo com o Ministério Público estadual, sete testemunhas serão ouvidas durante o todo o julgamento.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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