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Executores do assassinato de Marielle Franco serão julgados em 30 de outubro

Justiça decide restringir o acesso de não-envolvidos durante o julgamento, a fim de evitar aglomeração e tumulto
Imagem mostra uma faixa grande pendurada em uma ponte, escrito ‘Quem mandou matar Marielle?”

Foto: Picture Alliance/Alle Rechte

13 de setembro de 2024

A Justiça do Rio de Janeiro definiu a data de 30 de outubro para o julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. A decisão foi tomada pelo juiz Gustavo Kalil, titular do 4º Tribunal do Júri, durante uma reunião especial no Fórum Central do Rio.

Segundo informações da Agência Brasil, o juiz solicitou que apenas as pessoas que efetivamente participarão do júri compareçam em plenário, a fim de evitar aglomeração e tumulto. Além disso, a promotoria e as defesas terão prazo de dez dias para as provas orais finais.

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A promotoria e as defesas desistiram de tomar o depoimento do delegado Giniton Lages e do policial civil Marco Antônio de Barros Pinto, que constavam entre as testemunhas do caso Marielle Franco.

Além disso, o juiz aceitou pedido do advogado de Ronnie Lessa para que o presídio em que ele está detido reserve o dia 29 de outubro para uma entrevista, como forma de agilizar o início da sessão. Lessa está no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, após fazer delação premiada e apontar os mandantes do crime.

O caso

Marielle Franco, vereadora pelo PSOL, foi assassinada, no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, na noite de 14 de março de 2018. Ela voltava de um encontro de mulheres negras na Lapa, quando seu carro foi alvejado com vários disparos. O motorista dela, Anderson Gomes, também foi atingido.

O crime deu início a uma complexa investigação, que envolveu várias instâncias policiais. Depois de muitas reviravoltas, chegou-se à prisão dos ex-PMs Ronnie Lessa e Elcio Queiroz. 

Em 2024, foram presos os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, apontados como mandantes dos assassinatos, além do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa. O processo que envolve os supostos mandantes tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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