No sábado (16), organizações civis e movimentos populares nacionais e internacionais promovem a Marcha “Palestina Livre do Rio ao Mar. Fora Imperialismo!” na capital fluminense. A marcha tem o objetivo de alertar autoridades e sociedade sobre a situação que vive o Estado palestino sob os ataques de Israel, chamando atenção para as acusações de genocídio. A concentração da marcha será realizada às 8h, no Posto 6, com caminhada até o Posto 3, em Copacabana.
A economista, educadora popular e integrante da operativa nacional da Cúpula dos Povos Sandra Quintela acredita que é o momento de colocar o Estado Palestino no centro das discussões, aproveitando a visibilidade do encontro multilateral.
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“Os olhos do mundo estarão no Rio nesse período. Precisamos estar nas ruas para mostrar nossas lutas, resistências, alegria e indignação. O G20 é uma espécie de clube dos ricos do século XXI, enquanto aumenta a pobreza, fome e guerras. Seremos milhares defendendo a resistência do povo palestino e a luta dos povos, exigindo reparação”, diz Quintela, em nota à imprensa.
A projeção da organização é que a marcha seja a maior dos últimos tempos em favor da Palestina e contra o imperialismo no país. Quintela, que também é membro da coordenação da Rede Jubileu Sul Brasil, reforça a importância do ato, das organizações envolvidas, inclusive para dar apoio ao Haiti e Cuba, que sofrem com embargos internacionais.
A Executiva Nacional da Marcha Mundial das Mulheres também fará parte da manifestação. Ana Priscila, representante do grupo, afirma que a ofensiva imperialista cresce sobre os territórios do mundo por meio das guerras e do genocídio.
“Essa é nossa oportunidade de estender nossa solidariedade ao povo palestino, do Líbano e dos territórios sob ataque. Desde nossa região, também vemos uma guerra econômica com bloqueios e tratados de livre comércio que visam atacar nossa soberania”, diz, em nota.
Já Gorete Gama, doutora em serviço social e pesquisadora em política de desenvolvimento urbano, ressalta que a mobilização representa diversas bandeiras. “É a marcha das juventudes e da juventude negra, que reivindica o direito de não ser alvo do racismo estrutural e institucional. É a marcha das 6,2 milhões de pessoas que compõem o déficit habitacional no Brasil, onde as mulheres representam mais de 60%, das pessoas que vivem a precarização habitacional”, afirma também em nota.
Serviço:
Marcha “Palestina Livre do Rio ao Mar. Fora Imperialismo!”
16 de novembro de 2024 (sábado)
Concentração a partir das 8h no Posto 6 – Copacabana – Rio de Janeiro