A cidade do Rio de Janeiro será sede da próxima edição do Black Travel Summit, evento internacional que fomenta o desenvolvimento do afroturismo, que acontece em 2025. O anúncio foi feito pela coordenadora de Diversidade, Afroturismo e Povos Indígenas do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Tânia Neres, na última edição do evento nos Estados Unidos.
A convenção é organizada pela Black Travel Alliance, uma associação que reúne criadores de conteúdo de viagens negros de diversos países. O evento visa ampliar as discussões acerca do crescimento do afroturismo na indústria global de viagens.
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O relatório produzido pela agência estadunidense MMGY Global indica que, em 2019, viajantes negros gastaram mais de U$ 450 milhões de dólares nos EUA. Para a coordenadora do Embratur, os números representam o potencial do novo segmento no mercado.
“O Rio de Janeiro é, sem dúvida, o portão de entrada para turistas que visitam o Brasil e, pensando no desenvolvimento do afroturismo como um atrativo, o município oferece uma série de experiências únicas, como a Pequena África, rica em herança africana. Além disso, os visitantes podem conhecer comunidades quilombolas e escolas de samba, ou ainda explorar a Rota do Samba e a Rota Literária”, explicou Tânia Neres.
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, que também esteve na última edição do evento, destaca o afroturismo como um modo de desenvolvimento socioeconômico e de combate ao racismo.
“Além da representatividade do Black Travel Summit em si, que reúne conceitos identitários e de diversidade defendidos pelo Brasil e pela Embratur, a edição no Rio será importante para mostrar os atrativos do afroturismo de um dos lugares do mundo onde a herança africana é mais extraordinária”, declarou em nota.
“A vinda do evento mostra a força e potencial do afroturismo para crescer cada vez mais e significa a geração de novos negócios no turismo liderados pela população negra, em seu território, contribuindo também com o desenvolvimento econômico e social do Brasil, e combatendo o racismo”, concluiu Freixo.
