PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Pesquisar
Close this search box.

Retrospectiva 2024: Olimpíada de Paris teve atletas negras como destaque e 1ª cobertura de mídia negra independente

Atletas negros, especialmente mulheres negras, foram protagonistas nos jogos olímpicos; cobertura da Alma Preta destacou os grandes momentos do Time Brasil e expôs a realidade além dos pódios
Imagem de um salto da atleta brasileira Valdiléia Martins, em Paris, onde foram sediadas as Olimpíadas de 2024. Nesta edição, a Alma Preta se tornou a primeira mídia negra independente credenciada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

Foto: Vinicius Martins/Alma Preta Jornalismo

11 de dezembro de 2024

O ano de 2024 entrou para a história do esporte e do jornalismo brasileiro com vitórias históricas de atletas negros, especialmente mulheres negras, e a presença inédita da Alma Preta na cobertura oficial das Olimpíadas de Paris

Como a primeira mídia negra independente credenciada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), a equipe trouxe uma abordagem diferenciada, centrada na diversidade e na representação de atletas negros e de nações do Sul Global.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

A cobertura, realizada por profissionais da agência na capital francesa e por uma equipe remota no Brasil. O trabalho conjunto potencializou a visibilidade de temas que, muitas vezes, ficam à margem dos grandes eventos esportivos, como questões raciais, desigualdade social e inclusão.

Registro de Paris durante as Olimpíadas de 2024 (Vinicius Martins/Alma Preta)

O brilho do Time Brasil nas Olimpíadas: mulheres e negros no topo

As Olimpíadas de Paris consagraram o Brasil, com uma participação histórica marcada pela força feminina e pela representatividade negra. Das 20 medalhas conquistadas, três ouros foram protagonizados por mulheres negras: Beatriz Souza, no judô; Rebeca Andrade, na ginástica; e a dupla Duda e Ana Patrícia, no vôlei de praia. 

O desempenho feminino foi ainda mais expressivo, com 12 medalhas conquistadas por mulheres, reforçando a marca de maior delegação feminina da história do país em Jogos Olímpicos (55%).

No judô por equipes, a icônica Rafaela Silva garantiu o ponto decisivo que rendeu o bronze ao Brasil, ao lado de Willian Lima e Larissa Pimenta, que também brilharam individualmente. O protagonismo negro e feminino elevou o esporte nacional a um novo patamar, destacando as potências muitas vezes subvalorizadas no cenário esportivo.

Relatos além do esporte

A Alma Preta não se limitou às arenas olímpicas. O veículo se destacou por trazer à tona histórias que extrapolam as arenas esportivas.  Desde a denúncia de limpeza social em Paris — que envolveu a remoção de imigrantes e moradores de rua durante o evento — até o simbolismo de atletas africanos nas cerimônias de abertura. 

A cobertura teve ampla repercussão, com conteúdos exibidos pelo Canal Futura em uma parceria inédita. Um dos marcos foi o levantamento de que 134 atletas negros foram porta-bandeiras de suas nações, um número expressivo que reforça a importância da representatividade.

Outro destaque foi a Station Afrique, uma fan fest organizada por 26 nações africanas na periferia de Paris, celebrando a cultura e a união do continente. Reportagens da Alma Preta exploraram o impacto dessa celebração para os moradores locais e o papel das Olimpíadas como um catalisador para o diálogo cultural.

Registro de Paris durante as Olimpíadas de 2024 (Vinicius Martins/Alma Preta)

No campo político, a boxeadora Marcelat Sakobi, da República Democrática do Congo, chamou atenção com um gesto contra a violência em seu país. Já nas periferias da Grande Paris, a equipe conversou com moradores, trazendo à tona o contraste entre o glamour dos Jogos e as dificuldades enfrentadas por comunidades marginalizadas.

Encerrando o ciclo olímpico, as Paralimpíadas consolidaram um ano histórico para o Brasil. Com 89 medalhas (25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes), o país alcançou sua melhor campanha, ficando na quinta posição geral. A participação brasileira reafirmou o potencial de seus atletas paralímpicos, quebrando recordes e superando metas previamente estabelecidas.

A cobertura das Olimpíadas de Paris pela Alma Preta não foi apenas um marco para a agência, mas também para o jornalismo brasileiro e internacional. Ao dar espaço para histórias frequentemente invisibilizadas, a equipe reforçou a importância de uma narrativa plural e inclusiva, que valoriza a diversidade e desafia estruturas de exclusão.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano