O Festival Corpos Visíveis, primeiro evento na América Latina dedicado à arte e música com foco em gênero e diversidade, se prepara para sua 4ª edição. Totalmente gratuito, ele acontece nos dias 17 e 18 de janeiro e 1, 7, 8 e 22 de fevereiro em diversos pontos do Rio de Janeiro.
Com a proposta de oferecer espaços de protagonismo, visibilidade e gerar renda e educação para mulheres e a população LGBTQIAPN+, o evento criado em 2018 ganha em 2025 sua primeira versão itinerante com mais de um mês de programação gratuita.
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Nesta edição de verão, o festival dá ênfase também à preservação ambiental e ao fortalecimento de vínculos entre a arte, a sustentabilidade e a diversidade brasileira. Mulheres indígenas e negras, em especial, tem papel de destaque ao protagonizarem palcos e debates sobre os desafios e as soluções para o racismo ambiental e a crise climática.
A proposta é mergulhar em uma imersão de arte, cultura e reflexões sobre os impactos das mudanças climáticas considerando o contexto das populações periféricas e marginalizadas.
“Queremos provocar um movimento de visibilidade e empoderamento para as mulheres e as populações LGBTQIAPN+ por meio da arte, da música e da cultura. O Corpos Visíveis é mais que um festival, é um espaço para amplificar as vozes que muitas vezes são silenciadas. Nosso compromisso para garantir que isso aconteça é mais forte a cada edição, sendo um festival totalmente realizado e protagonizado por mulheres e LGBTQIAPN+”, afirmou Karina de Abreu, produtora cultural, co-idealizadora do Festival Corpos Visíveis e cofundadora da ColetivA DELAS.
O Festival conta com uma programação repleta de oficinas, apresentações musicais, performances e exposições espalhadas por diversos pontos da cidade. Entre os destaques, estão artistas conhecidas do público como Cátia de França e N.I.N.A, além de novos talentos como Luana Flores e Siba Puri.
Com o intuito de integrar as diferentes formas de arte, o evento também incluirá atividades como live painting, oficinas de ervas medicinais com a Pajé Tapaxi Guajajara e workshops sobre gestão sustentável de eventos culturais, com Lorena Froz, além de muita sustentabilidade e inovação em toda a estrutura do evento.
A 4ª edição também marca a parceria com a 7ª edição da Mostra Cine Diversidade, um evento que exibe curtas-metragens independentes latino-americanos com temas voltados à diversidade de gênero e sexualidade. Serão 50 filmes selecionados para abordar temas urgentes, como a interseção entre diversidade sexual, étnico-racial e as questões ambientais.
Com quase três meses de exibições gratuitas em diferentes bairros da cidade e online, a mostra oferece sessões e oficinas de audiovisual abertas ao público, com direito a votação popular e premiações em dinheiro.
Impacto na economia criativa
O festival tem o objetivo de gerar impactos diretos e indiretos para a economia criativa, em especial para mulheres e pessoas LGBTQIAPN+ de comunidades periféricas da cidade e do campo. Ao longo das edições anteriores, o Corpos Visíveis criou mais de 500 empregos indiretos e impactou mais de 20 mil pessoas, além de gerar R$ 2 milhões em retorno de mídia online e offline.
Em 2025, espera-se que cerca de 4 mil pessoas participem do evento. “O Corpos Visíveis é mais do que um Festival, é uma plataforma de visibilidade e oportunidades para as populações historicamente vulnerabilizadas e uma maneira de empoderar essas vozes para que elas possam ocupar os espaços de protagonismo que lhes pertencem”, completou a organizadora Karina de Abreu.
Para ter acesso a programação completa, acesse aqui.