A ministra da Cultura, Margareth Menezes, liderou uma missão oficial ao Benin, marcada por compromissos culturais e institucionais que reafirmaram os laços históricos e culturais entre o Brasil e o país africano.
Durante cinco dias, a comitiva brasileira visitou locais sagrados e culturais, participou de eventos tradicionais e instalou o Comitê de Implementação dos Acordos Culturais, ampliando a cooperação em áreas como artes, audiovisual e patrimônio cultural.
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Visitas a locais de memória e homenagem às vítimas da escravidão
Entre os destaques da viagem, estiveram visitas ao Museu Panthéon Noir et Africain e à Grande Mesquita, ambos em Porto-Novo, conhecida como a cidade mais brasileira do Benin. No museu, a delegação conheceu um memorial criado por um afro-brasileiro em homenagem às vítimas da escravidão.
A obra utiliza uma árvore quase sem folhas para simbolizar os milhões de africanos que foram exilados de seu continente, enquanto as folhas que começam a brotar representam os que permaneceram ou retornaram, apontando para um futuro de esperança e resiliência.
Reforço dos laços históricos entre Brasil e Benin
A missão também participou do Festival das Culturas Ancestrais, realizado nas cidades de Cotonou e Uidá. O evento celebra a espiritualidade e as tradições do Benin, fortalecendo os vínculos com a herança cultural compartilhada pelos dois países. A ministra destacou a importância da viagem para a retomada das relações com o continente africano.
“É um momento muito especial, em que o governo brasileiro realiza uma retomada das relações culturais com o continente africano, com oportunidades para cooperação em diversas áreas, como patrimônio, residências artísticas e economia criativa, incluindo o audiovisual”, celebra Menezes.
Conforme noticiado pela Agência Brasil, o ministro da Cultura do Benin, Jean-Michel Abimbola, destacou o caráter transformador do encontro, ressaltando a cooperação em projetos futuros que promovam a reconexão e o intercâmbio cultural entre os países.
“É com grande alegria que trabalhamos com essa delegação projetos do futuro, de reconexão, projetos em comum, patrimônio, artes e cultura e, sobretudo, programas que vão permitir, a partir de agora, que nossos irmãos não fiquem mais separados”, conclui Abimbola.