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Com greve e manifestações, capitais se mobilizam pelo fim da escala 6X1

Em Belo Horizonte, trabalhadores terceirizados da educação municipal anunciaram uma greve contra a jornada de trabalho 6x1; capitais terão manifestações no domingo
Manifestante levanta cartaz pelo fim da jornada de trabalho 6x1, na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro.

Manifestante levanta cartaz pelo fim da jornada de trabalho 6x1, na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro.

— Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

14 de fevereiro de 2025

No próximo domingo (16), as mobilizações pelo fim da escala 6×1 retomarão em, ao menos, cinco capitais brasileiras. Os protestos visam pressionar o Congresso para retomar a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende reduzir a jornada trabalhista nacional de 40 para 36 horas.

O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (SINTUSP) divulgou que o protesto acontecerá a partir das 11h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), na Avenida Paulista. Outros atos também ocorreram no interior paulista, em Campinas (SP) e Sorocaba (SP).

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A nota da entidade informa que os funcionários terceirizados da Universidade de São Paulo (USP) realizam a escala 6×1, ao qual os trabalhadores cumprem seis dias consecutivos de trabalho e têm  um dia de descanso. O outro regime ofertado aos terceirizados da USP é composto por jornadas de 12 horas por 36 horas.

“Esses trabalhadores além de receberem menos e trabalharem mais, sofrem com constantes redução dos quadros funcionais, fazendo com que tenham de trabalhar cada vez mais nas 8 horas que passam dentro da universidade”, expõe a Sintusp.

Os protestos pela redução da carga horária trabalhista também estão marcados para acontecer nas cidades de Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e Salvador.

Servidores terceirizados da educação anunciam greve contra escala 6×1 em MG

Na manhã de quarta (12), os trabalhadores terceirizados das escolas municipais de Belo Horizonte realizaram um protesto pelo fim da jornada de trabalho 6×1 e por melhores condições salariais para os servidores.

A categoria é composta por profissionais da limpeza, vigias, porteiros, monitores e funcionários de apoio aos educandos com deficiência, cantineiras, entre outros. 

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede), há uma defasagem salarial de 9% a 15% em relação a outros profissionais da MGS, que exercem funções equivalentes em diferentes setores.

O ato também defendeu que o ajuste considere a recomposição da inflação acrescida de 10% de ganho real, além da redução da jornada trabalhista sem redução de salários.

Após a manifestação, os trabalhadores formaram uma assembleia que, de acordo com o sindicato, contou com a participação de cerca de 4 mil pessoas. 

A reunião determinou o início de uma greve dos terceirizados, prevista para iniciar no dia 24 de fevereiro, caso não haja o “reconhecimento da importância destes trabalhadores para o funcionamento das escolas, por parte da prefeitura”.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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