PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Bia Nogueira lança ‘Respira’, álbum com participação de Djonga

Projeto aborda a hiperconectividade e o anseio por contato humano, além de questões emocionais e ambientais, convidando a uma reflexão sobre os desafios contemporâneos
Bia Nogueira e Djonga.

Bia Nogueira e Djonga.

— Rafael Freire/Divulgação

19 de abril de 2025

A cantora Bia Nogueira, idealizadora do Festival IMUNE – que celebra a música preta, indígena, periférica e LGBTQIAPN+ – lançou “Respira”, um álbum que transita entre experiências pessoais e coletivas.

Com oito faixas, o projeto convida à reflexão sobre questões sociais e ambientais, explorando também a interseção entre tecnologia e sabedoria ancestral — além de temas como solidão, desejo, autenticidade e reconexão.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Entre as participações especiais, nomes de peso como Djonga, Bela Maria e Barulhista. “Nesse momento em que vivemos com excesso de informação e pouco tempo para pensar, Respira é um convite para desacelerarmos e um manifesto ambiental”, afirma a cantora e compositora.

Produzido por Richard Neves e Rico Manzano, o trabalho mescla pop, canção brasileira e música eletrônica com ritmos do congado de Minas Gerais.

“Este álbum foi um processo de decantação que começou na pandemia e amadureceu com o tempo. Aos poucos, consegui fechar uma narrativa musical que traduz como vivi esse período. Vejo este trabalho como um mergulho profundo e maduro, que sintetiza uma trajetória de investigação estética entre o pop e a música preta tradicional de Minas, sempre atravessada pela força da canção brasileira”, conta Bia Nogueira.

O álbum da artista conta, ainda, com a colaboração da banda Carta, formada por Débora Costa, Bruno e Thiago Quintino. A presença de Kátia Aracelle, que toca a gunga, reforça a importância das tradições afro-mineiras, enquanto a participação de ImagineUai (Aloísio Tocafundo), engenheiro de Inteligência Artificial, evidencia a aposta no afrofuturismo.

“A presença da Kátia tocando gunga — uma guardiã da tradição do congado — representa esse elo com a ancestralidade. A gunga é um instrumento típico de Minas Gerais, um tipo de chocalho que se toca enquanto se dança, ou que se dança enquanto se toca. Ao mesmo tempo, exploro meu profundo interesse pelas novas tecnologias e pela inteligência artificial. Acredito que essas ferramentas podem melhorar a vida humana, mas é fundamental estarmos ancorados na sabedoria ancestral para não nos perdermos pelo caminho. As tecnologias podem ser benéficas, mas, por si só, não garantem um avanço real”, conclui Bia.

Além do lançamento nas plataformas digitais, “Respira” também ganha vida no palco com uma turnê que percorre seis capitais do Nordeste. Com apresentações já realizadas em Recife, Natal, João Pessoa, Fortaleza e Maceió, o show segue agora para sua última parada: Salvador, no dia 26 de abril, no Colaboraê.

A circulação faz parte do Rolézinho Imune, iniciativa do Coletivo Imune — grupo que se destaca por fomentar conexões artísticas pelo país. Na capital baiana, o espetáculo de Bia Ferreira contará com a presença de Pedro Pondé, Fashion Piva e João Merín.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • A Alma Preta é uma agência de notícias e comunicação especializada na temática étnico-racial no Brasil.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano