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Desigualdade racial dispara na educação brasileira em 10 anos, revela estudo 

Pesquisa do Todos pela Educação analisou nível de aprendizagem de alunos nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa
Imagem de crianças indo para a escola.

Imagem de crianças indo para a escola.

— Marcelo Camargo/ Agência Brasil

28 de abril de 2025

Em 2023 cerca de 45,6% dos alunos brancos e amarelos alcançaram o nível adequado em Língua Portuguesa, enquanto entre estudantes pretos, pardos e indígenas o resultado foi de 31,5%, uma diferença de 14,1 pontos percentuais. Dez anos antes, em 2013, a disparidade era de 9,6 pontos. Na disciplina de Matemática, a defasagem entre os dois grupos cresceu 2,4 pontos percentuais.

Os dados são do estudo  “Aprendizagem na educação Básica: situação brasileira no pós pandemia”, lançado nesta segunda-feira (28) pelo Todos pela Educação. A publicação apresenta um panorama aprofundado sobre a evolução da aprendizagem no Brasil no período pós pandemia , com recortes raciais e socioeconômicos.

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 O levantamento, baseado nos resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), considera o desempenho de estudantes do 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio da rede pública, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.

Embora o estudo aponte sinais de recuperação do estudo, a aprendizagem média dos alunos ainda não retornou aos patamares de 2019. 

As desigualdades educacionais, que já eram marcantes antes da pandemia, persistem e, em muitos casos, se agravaram. Segundo  o estudo, em 2023, a disparidade racial no desempenho escolar é maior do que em 2013.

No 5° ano do ensino fundamental os números se repetem. Em Matemática a diferença subiu de 8,6 para 9,5 pontos percentuais.  Em Língua Portuguesa , a diferença cresceu 0,3 portos.

Já no ensino médio, o estudo mostra que a desigualdade racial também aumentou na língua portuguesa com 2,9 ao longo de dez anos.

O estudo destaca que os desafios antes da pandemia já eram grandes, mas que no contexto atual se tornou ainda mais urgente o fortalecimento de políticas públicas para garantir o “direito à educação de qualidade para todos”. 

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