Governadores de 16 estados brasileiros enviaram para os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal uma carta pedindo a revisão do valor da segunda rodada do auxílio emergencial. O presidente Jair Bolsonaro assinou no dia 18 de março uma Medida Provisória confirmando quatro novas parcelas do auxílio em valores que variam de R$ 150 à R$ 375. Governadores e organizações do movimento negro consideram a quantia insuficiente para a manutenção da população brasileira.
Na carta enviada nesta quarta-feira (24), os gestores estaduais declaram apoio a iniciativa de 300 organizações que compõem a campanha “A Renda Básica que Queremos” e solicitam adoções de previdência para garantir uma segurança de renda à população, associada às medidas de distânciamento social, questões essênciais no período onde o país está batendo recorde de mortes diárias pela Covid-19.
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“Temos o cenário dramático de quase 300 mil vidas perdidas. Diariamente, vemos recorde de mortes, lotação de leitos hospitalares, ameaça de falta de medicamentos e esgotamento das equipes de saúde. O calendário nacional de vacinação e a obtenção de novas doses de imunizantes contra a Covid-19 estão mais lentos do que as respostas que precisamos para reverter esse quadro.”, afirmam os governadores.
Eles defenderam na proposta um aumento para R$ 600 reais e com os mesmos critérios de acesso de 2020. O valor é considerado pelos governadores uma necessidade de extrema urgência em um cenário que requer medidas sanitárias e uma renda emergencial para evitar que a população seja ainda mais prejudicada durante o período pandêmico.
Assinaram a carta: Renan Filho (MDB-AL), Waldez Góes (PDT-AP), Rui Costa (PT-BA), Camilo Santana (PT-CE), Renato Casagrande (PSB-ES), Flávio Dino (PCdoB-MA), Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), Helder Barbalho (MDB-PA), João Azevêdo (Cidadania-PB), Ratinho Junior (PSD-PR), Paulo Câmara (PSB-PE), Wellington Dias (PT-PI), Fátima Bezerra (PT-RN), Eduardo Leite (PSDB-RS), João Dória (PSDB-SP) e Belivaldo Chagas (PSD-SE).
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