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79 anos sem Marcus Mosiah Garvey; entenda seu legado

6 de junho de 2019

Nascido em Saint Ann’s Bay, na Jamaica, no dia 17 de agosto de 1887, Garvey faleceu em Londres, na Inglaterra, no dia 10 de junho de 1940

Texto / Simone Freire | Imagem / Reprodução I Edição / Pedro Borges

Comunicador, empresário e ativista jamaicano, Marcus Mosiah Garvey é considerado, até hoje, um dos principais ativistas da história do movimento nacionalista negro. Nascido em Saint Ann’s Bay, na Jamaica, no dia 17 de agosto de 1887, ele faleceu há 79 anos, em Londres, na Inglaterra, no dia 10 de junho de 1940.

Com uma infância e trajetória onde o racismo se fazia presente, Garvey percebeu logo cedo as barreiras estruturais que separavam os jamaicanos negros e brancos. Na sua trajetória de vida, seu ativismo esteve focado em mostrar como o negro poderia escapar do complexo de inferioridade racial.

Garvey foi o primeiro jamaicano a receber o título de herói nacional. No país, ele liderou o movimento chamado “volta para a África”, sonhando em unir todas as pessoas de ascendência africana do planeta em uma grande população com país e governo absolutamente próprios. Muitos historiadores também o consideram como o precursor do pan-africanismo messiânico e do rastafarianismo.

A primeira experiência sindical de Garvey se deu em 1908, durante uma greve de tipógrafos, que iria culminar com sua demissão. Por não conseguir voltar ao mesmo ramo de trabalho, foi obrigado a tentar seguir outra carreira. Foi então que encontrou o jornalismo político.

Dois anos depois, morando na Costa Rica, observa as péssimas condições de trabalho dos negros, nas plantações de banana. Pouco tempo depois, também conhece países da América Central e do Sul observando essas mesmas condições, todas marcadas pelo regime escravocrata.

Em 1912, na Inglaterra, aprende sobre a cultura africana e sobre as condições dos negros dos EUA. A experiência foi muito importante porque permitiu-lhe entender o funcionamento de uma democracia e o colocou em contato com vários africanos e líderes do Movimento Pan-Africano da época.

Em 1914, Garvey lidera a fundação da Associação Universal para o Progresso Negro (AUPN), mais conhecida como UNIA (Universal Negro Improvement Association). A instituição tinha como lema Um Deus! Uma aspiração! Um destino! (“One God! One Aim! One Destiny!”).

Entre seus principais objetivos estavam “a promoção da consciência e unidade na raça negra, da dignidade e do amor; o desenvolvimento da África, livrando-a do domínio colonial e transformando-a numa potência; protestar contra o preconceito e a perda aos valores africanos; estabelecer instituições de ensino para negros, onde se ensinasse a cultura africana; além de promover o desenvolvimento comercial e industrial pelo mundo e auxiliar os despossuídos em todo o mundo”.

Viajando o mundo em prol deste ideal, Garvey influenciou diversos movimentos pela libertação de África do domínio colonial europeu, entre eles, a chegada à Presidência de Kwame Nkrumah, em Gana; de Jomo Kenyatta, no Quênia; de Nnamdi Azikiwe, na Nigéria; e de Julius Nyerere, na Tanzânia.

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