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África do Sul: órgão eleitoral barra ex-presidente Zuma nas eleições

O ex-presidente sul-africano Jacob Zuma, destituído da Presidência em 2018, tenta reerguer carreira política e antagonizar seu antigo partido, o histórico Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês).
O ex-presidente da África do Sul Jacob Zuma durante uma oração, na região da Cidade do Cabo, África do Sul, 10 de março de 2024

Foto: Gianluigi Guercia/AFP

30 de março de 2024

A comissão eleitoral da África do Sul disse na quinta-feira (28) que excluiu o ex-presidente sul-africano Jacob Zuma das eleições gerais marcadas para 29 de maio. Zuma ainda pode recorrer da decisão, o que dever ser realizado antes de 2 de abril.

Zuma, de 81 anos, foi destituído da Presidência em 2018 sob acusações de corrupção. O ex-presidente atualmente faz campanha para o partido de oposição uMkhonto we Sizwe (MK, ou Lança da Nação, em tradução livre), em uma tentativa de relançar sua carreira e enfraquecer seu antigo partido, o Congresso Nacional Africano (ANC) — atualmente no poder.

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A autoridade eleitoral da África do Sul afirmou, em comunicado, que, segundo a Constituição, “qualquer pessoa que tenha sido condenada por um delito e sentenciada a mais de 12 meses de prisão sem opção de multa” não pode concorrer às eleições.

Zuma foi condenado a 15 meses de prisão em junho de 2021, após se recusar a testemunhar em um painel que investigava corrupção financeira durante seu período na como presidente na África do Sul. Além dessa condenação, ele também enfrenta acusações de corrupção em um escândalo de aquisição de armas na década de 1990, quando foi vice-presidente.

ANC sob ameaça

A expectativa é de que as eleições gerais no país, após as quais o partido vencedor nomeará um presidente, sejam tensas. O ANC, do atual presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, vive crise e está sob ameaça de ter menos da metade dos votos pela primeira vez desde a chegada ao poder, no final do apartheid no país. Caso isso aconteça, o antigo partido de Nelson Mandela seria obrigado formar uma coligação para permanecer à frente do país.

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