Por séculos, o Haiti foi a mais importante e rentável das colônias francesas, responsável por um quarto da riqueza do país europeu
Texto / Lucas Veloso | Edição / Pedro Borges | Imagem / Junior Augustin/MSF
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
Desde o ano passado, o Haiti vive uma onda de protestos. Em setembro deste ano, milhares de manifestantes intensificaram as ações nas ruas pedindo a renúncia do presidente Jovenel Moïse, acusado de participação em um escândalo de corrupção que envolve o ex-presidente Michel Martelly, o antecessor que o indicou para o cargo.
Os protestos são motivados por uma crise desencadeada pelo desvio de mais US$ 2 bilhões do fundo da Petrocaribe e além de medidas adotadas pelo governo haitiano depois um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), assinado em fevereiro deste ano.O documento inclui o fim do subsídio dos combustíveis e a privatização de empresas do setor elétrico.
Hoje, a principal exigência dos manifestantes é a renúncia de Moïse. A resposta às manifestações populares tem sido o uso da repressão policial.
Segundo a Rede Haitiana de Defesa dos Direitos Humanos, até o dia 10 de outubro, ao menos 20 pessoas tinham morrido nas manifestações, além de centenas de feridos.
Há 215 anos, o Haiti se tornou a primeira nação independente da América Latina. O Haiti também é o país mais pobre da América e um dos mais pobres do mundo, segundo o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.