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Egito pode apoiar África do Sul em denúncia contra Israel na ONU

Anúncio foi feito neste domingo (12) pelo Ministério das Relações Exteriores do país africano
Palestinos que fugiram de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, transportam os seus pertences na traseira de um camião quando chegam para se abrigar em Khan Yunis, em 12 de maio de 2024, no meio do conflito em curso entre Israel e o grupo militante Hamas.

Foto: AFP

13 de maio de 2024

O Egito anunciou neste domingo (12) a sua intenção de apoiar formalmente o caso da África do Sul no Corte Internacional de Justiça (CIJ) da Organização das Nações Unidas (ONU) contra Israel, alegando genocídio na guerra contra o Hamas em Gaza. Na ocasião, foi declarado que Israel aplica nos territórios palestinos uma forma “mais extrema” de apartheid que o sofrido no país africano até 1994.

Pretória, capital do país sul-africano, levou o seu caso ao CIJ em dezembro, apelando à Corte da ONU para ordenar a Israel que suspendesse as suas operações militares em Gaza. No seu mais recente apelo ao CIJ na sexta-feira (10), a África do Sul acusou novamente Israel de “violações contínuas da Convenção do Genocídio” e de ser “desprezível” do direito internacional.

O Egito afirmou que sua decisão de apoiar o caso ocorre “à luz do agravamento da gravidade e do alcance dos ataques israelenses contra civis palestinos na Faixa de Gaza”, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores. Apontou ainda o sistemático “ataque a civis e destruição de infra-estruturas” por parte de Israel e “empurrar os palestinos para o deslocamento e expulsão”.

Israel enviou no dia 6 de maio tropas terrestres e tanques para o leste de Rafah, posteriormente capturando e fechando o lado palestino da passagem de Rafah com o Egito.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse na sexta-feira (10) que Gaza arriscava um “desastre humanitário épico” se Israel lançasse uma operação terrestre em grande escala em Rafah.

O Egito foi o primeiro país árabe a assinar um tratado de paz com Israel em 1979 e tem atuado como um mediador chave entre os negociadores israelitas e palestinos, inclusive na guerra atual. O país também partilha a única fronteira com a Faixa de Gaza não controlada por Israel, mas recusou-se a coordenar o acesso da ajuda através da passagem de Rafah desde que as forças israelitas a tomaram.
Em Janeiro, o CIJ apelou a Israel para prevenir atos de genocídio na sequência do pedido original sul-africano de ação internacional. A Corte rejeitou um segundo pedido sul-africano de medidas de emergência devido à ameaça de Israel de atacar Rafah. A África do Sul fez um novo pedido no início de março.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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