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Membros da oposição de Uganda são acusados de terrorismo após manifestação 

Os cidadãos saíram às ruas contra diversos escândalos de corrupção que envolvem o presidente Yoweri Museveni, que está no poder desde 1986
Os opositores estão alocados em uma prisão localizada a cerca de 50 quilômetros a noroeste de Kampala.

Foto: Dai Kurokawa

27 de agosto de 2024

Na última semana, em Uganda, cerca de 60 pessoas foram presas por participarem de manifestações contra a corrupção. Os detidos pertencem ao Forum for Democratic Change (FDC), um partido de oposição ao governo atual. Os cidadãos saíram às ruas de Kampala para exigir ações em resposta a diversos escândalos de corrupção que envolvem o presidente Yoweri Museveni, que está no poder desde 1986. As informações são do jornal DW.

O grupo detido enfrentará acusações de terrorismo contra Uganda, conforme declarado por Museveni à imprensa. A polícia local anunciou as prisões com a justificativa de que eles estavam “envolvidos em atividades secretas suspeitas de subversão”, sem fornecer mais detalhes. Os representantes legais do grupo, no entanto, negaram qualquer irregularidade. Os opositores estão alocados em uma prisão localizada a cerca de 50 quilômetros a noroeste de Kampala.

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Críticos do governo e defensores dos direitos humanos enfatizam há muito tempo que o regime de Museveni utiliza acusações fabricadas para silenciar a oposição, algo que o governo nega. 

Sob a liderança de Museveni, que já dura 38 anos, Uganda se tornou um país repressivo, com um histórico de intimidação, perseguições, prisões arbitrárias e tortura de críticos. Em 2021, o líder da oposição, o ex-cantor Bobi Wine, pediu ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que investigasse as violações de direitos humanos no país.

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  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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