Milhares de pessoas se reuniram em protesto na Place de la Nation, na capital burquinense, Uagadugu, na quarta-feira (30), dias após o governo local de Burkina Faso revelar uma tentativa de golpe contra o governo.
Manifestações semelhantes também foram realizadas em Bobo Dioulasso em Boromo, a segunda maior cidade do país, relata a agência AFP.
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Durante o protesto na capital, os manifestantes carregaram imagens do líder do país, o militar Ibrahim Traoré, em uma das maiores manifestações realizadas desde sua ascensão ao poder, em setembro de 2022.
Em meados de abril, o governo do país afirmou ter contido uma tentativa de golpe que teria sido planejado na Costa do Marfim, com uma série de prisões entre militares realizadas. O governo burquinense acusa os vizinhos marfinenses de abrigar seus oponentes, o que a Costa do Marfim nega.
Traoré agradeceu aos manifestantes em uma publicação nas redes sociais: “Juntos e em solidariedade, triunfaremos sobre o imperialismo e o neocolonialismo para uma África livre, digna e soberana”.
Assim como uma série de países da região da África Ocidental, ex-colônias francesas como Níger e Mali, Burkina Faso passou por um levante militar recente que resultou em um governo contrário à influência da França na região.
Ameaçados de intervenção militar, esses países se afastaram da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e formaram a Aliança dos Estados do Sahel, que tem ampliado a integração entre os países.