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Principal evento esportivo do continente, Copa Africana de Nações se destaca pela história

28 de junho de 2019

No Brasil, a competição poder ser acompanhada ao vivo por streaming

Texto / Lucas Veloso I Imagem / Acervo Pessoal I Edição / Pedro Borges

O Campeonato Africano das Nações (CAN), ou Copa Africana de Nações é a principal competição de futebol entre seleções do continente africano.

Organizado pela Confederação Africana de Futebol, foi realizado pela primeira vez em 1957, sendo praticado a cada dois anos desde a edição de 1968, antes em intervalos irregulares.

Na primeira edição, apenas três seleções participaram: Egito, Sudão e Etiópia. A África do Sul estava originalmente programada para competir, mas foi desqualificada devido às políticas de apartheid do governo na época.

Desde então, o campeonato cresceu significativamente, tornando-se necessário criar um torneio de qualificação. O número de equipes participantes na fase final chegou a 24 em 2019, mantendo-se assim até o momento. Em 2010, a Angola sediou de forma inédita sob o título de país africano de língua oficial portuguesa.

“Se o início da Copa Africana de Nações está diretamente ligado a um forte contexto geopolítico, de afirmação nacional em meio ao processo de descolonização, o torneio não deixou de refletir a atualidade do continente. As seleções africanas simbolizam a globalização. Muitos atletas não deixam de se sentir europeus, mas também sabem da importância de valorizar as origens africanas”, escreveu Leandro Stein em artigo análitico sobre a CAN.

Após 31 edições realizadas, o Egito é a nação mais bem sucedida na história da copa, detendo um recorde de 7 títulos (incluindo quando ficou conhecido como a República Árabe Unida entre 1958 e 1961). Camarões é o atual campeão após derrotar o Egito por 2 a 1 na final de 2017. Com a conquista, a seleção camaronesa chegou ao 5º título da Copa Africana de Nações.

32ª Copa Africana de Nações

Em junho deste ano houve a abertura da 32ª edição do evento. A sede neste ano é o Egito, país com oito títulos e com o principal jogador africano da atualidade, Mohamed Salah, ponta direita do Liverpool. O primeiro jogo foi entre os ‘donos da casa’ e o Zimbábue.

Entre os destaques está Mohamed Salah. O atacante do Liverpool, que ajudou na classificação da seleção egípcia às oitavas de final da Copa Africana, também é o segundo do mundo – considerando os jogadores em atividades no mundo – a marcar mais gols com a camisa de seu país. Com 40 gols, ele só perde para o brasileiro Neymar, com 43.

Com 27 anos, Sadio Mané, é senegalês e um dos principais atletas envolvidos no torneio mundial. Para ele, ganhar a competição é um forte desejo, já que sua seleção nunca ganhou a competição.

“Cabe a nós algo grandioso. Claro que estamos entre os favoritos, não podemos esconder isso. Ganhar pelo seu país, que nunca ganhou a Copa das Nações deve ser magnífico. O retorno para Dacar seria extraordinário. Seria o meu sonho mais louco”, definiu.

No Brasil, a competição é transmitida pelo DAZN, serviço de streaming esportivo.

Jogador contra islamofobia

Além das disputas esportivas, a CAN é importante para trazer à tona alguns aspectos culturais e religiosos.

Um estudo desenvolvido pelo Immigration Policy Lab, grupo de pesquisadores internacionais ligado à Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, decidiu analisar como famosos vindos de grupos estigmatizados podem afetar os preconceitos no ambiente onde têm exposição.

Os pesquisadores escolheram o caso do jogador egípcio Mohamed Salah, com crescente visibilidade e que se auto declara muçulmano. Eles cruzaram dados de casos de islamofobia no ambiente entorno do clube onde Salah joga, o Liverpool, da Inglaterra. A conclusão é que a partir do conhecimento que as pessoas tiveram sobre sua religião, pode ter havido redução nos casos de preconceito contra o islã.

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