Na última sexta-feira (8), um forte terremoto atingiu as aldeias nas montanhas do Atlas até a cidade histórica de Marraquexe, no Marrocos. O abalo sísmico registrou uma magnitude de 6,8 graus na escala Richter, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, e 7 graus, segundo o Centro Marroquino de Pesquisa Científica e Técnica. Esse terremoto foi o mais forte já registrado desde o início dos registros modernos na região norte da África.
A província de Al Haouz, onde o epicentro do terremoto estava localizado, sofreu os maiores impactos, seguida por Tarudant. Nessas duas regiões situadas a sudoeste da cidade turística de Marraquexe, o terremoto causou a destruição de aldeias inteiras.
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O número de mortos subiu para 2.862, e o de feridos para 2.562, segundo anunciado nesta segunda-feira (11) pelo Ministério do Interior marroquino. No levantamento anterior, a pasta informava 2.497 mortos e 2.476 feridos.
A cidade de Tafeghaghte, localizada a poucos quilômetros a oeste de Marraquexe, sofreu danos significativos devido ao terremoto, que teve seu epicentro a apenas 50 quilômetros de distância, conforme relatado por uma equipe da agência AFP.
Equipes de emergência espanholas estiveram presentes em duas comunidades afetadas pelo terremoto ao sul de Marraquexe, especificamente em Talat Nyaqoub e Amizmiz. Além disso, vários países, como França, Estados Unidos e Israel, também ofereceram assistência humanitária.
Cenário catastrófico
Na pequena localidade de Tikht, próxima a Adassil, apenas um minarete e algumas casas permaneceram de pé em meio a uma paisagem desoladora. Nas proximidades, as autoridades estão escavando sepulturas para as vítimas e erguendo tendas amarelas para abrigar os sobreviventes que perderam suas residências.
Além das tragédias humanas e dos danos materiais, o terremoto também causou impactos significativos ao patrimônio arquitetônico. Os estragos no bairro antigo de Marraquexe são notáveis. As muralhas do século XII que circundam a cidade imperial, fundada no ano 1070 pela dinastia dos Almorávida, estão parcialmente desfiguradas.
Esse terremoto representa a maior tragédia em termos de vítimas no Marrocos desde o terremoto de Agadir, em 29 de fevereiro de 1960, quando quase 15.000 pessoas perderam a vida, o que equivale a um terço da população da cidade.